Os maus-tratos a animais, praticados pelo ser humano, trazem a tona um dos piores sentimentos presentes na raça dos homens: a ideia de superioridade. A evolução nos tornou mais inteligentes, no entanto as ações que praticamos mostram que ainda precisamos evoluir muito, para nos tornamos menos nocivos ao meio ambiente. Nenhuma outra espécie se mostrou tão prejudicial quanto a nossa. Usamos justificativas esportivas e culturais para caçar, perseguir e matar diversas outras espécies ditas inferiores. Prova disso foi que, em 2015, um médico norte-americano virou notícia em vários jornais do mundo. Ele foi acusado de caçar e matar o leão Cecil, símbolo das savanas africanas. A justificativa do médico foi que o abate do animal ocorreu em região onde é permitida a caça esportiva. Apesar de toda a revolta gerada pela morte do leão, a prática é comum em vários países do mundo, principalmente no continente africano, como mostrou a matéria da BBC News. A tal prática atrai ricos e famosos, inclusive o antigo rei da Espanha, Juan Carlos, que foi fotografado ao lado de um elefante morto a tiros. Já em 2017, a suprema corte brasileira declarou inconstitucional lei do estado do Ceará que tornava a Vaquejada expressão cultural da região. O “esporte” é comum em várias partes do país, principalmente na região nordeste. Um bovino é colocado entre dois homens, montados a cavalo, com o objetivo de ser derrubado dentro de uma área delimitada previamente. Os ministros que votaram contra a lei, apontaram o estresse e os danos físicos que os animais passam durante o evento. “Os bichos têm, muitas vezes, os rabos quebrados e fraturas em partes do corpo”, apontaram. Em virtude dos fatos apresentados, torna-se evidente que os seres humanos precisam entender que tais práticas já deveriam ter sido abolidas. São necessárias medidas governamentais para coibir tais desrespeitos aos animais. No âmbito internacional, a Organização das Nações Unidas - ONU deve propor medidas mais abrangentes de proteção aos animais, como a proibição da caça esportiva. Já os países devem buscar rever suas expressões culturais que ponham em risco a integridade dos animais e punir severamente aqueles que caçam, perseguem e matam por diversão.