Ao longo dos anos, o crescimento de uma relação entre os seres humanos e os animais, baseada em companheirismo e carinho, promoveu a criação de legislações e ONGs com a finalidade de proteger esses bichos. Porém, concomitantemente a isso, também verificou-se o aumento de maus-tratos em relação a esses seres, mostrando a ineficácia na aplicação dessas leis. Desse modo, a falta de fiscalização de pet shops, canis e criadouros é, até agora, um grande empecilho para o combate desse problema. Em primeiro lugar, deve-se lembrar que o capitalismo, sistema econômico empregado no Brasil, prega a busca pelo lucro. Nesse cenário, donos de pet shops, muitas vezes, com o objetivo de economizar, utilizam equipamentos mais baratos e, portanto, inadequados para banhar e tosar os animais, tal como escovas de cerdas rígidas, máquinas com jato de ar frio ou quente demais, além de tesouras sem proteção. Geralmente, essas condições perigosas ao bem-estar dos bichos são implementadas sem o dono saber, permanecendo em sigilo esses atos de crueldade. Além disso, a utilização de sedativos ou de violência física pelos funcionários desses estabelecimentos contra os mascotes ainda é bastante recorrente. Um caso que retratou isso foi o da morte de uma cadela, no Rio Grande do Sul, devido a traumatismos e a uma torção no pescoço após um tratamento estético em um pet shop. Logo, se não for resolvida essa situação, o número de animalejos mortos ou feridos continuará progredindo. Baseado nos argumentos apresentados, fica claro que novas medidas devem ser feitas. Cabe ao Poder Legislativo sancionar uma lei que obrigue a instalação de câmaras nas áreas de banho e tosa dos pet shops, a fim de que as imagens sejam transmitidas por uma televisão instalada na sala de espera, onde ficam os donos dos animais. Dessa forma, as pessoas poderão denunciar caso vejam algum maltrato, contribuindo para uma maior vigilância dessas localidades e, consequentemente, aumentará a quantidade dessas instituições preocupadas em realizar um trabalho em conformidade com a lei.