Segundo o filósofo Nietzsche, o homem perdeu sua saudável razão natural e se voltou contra a natureza. Essa afirmação se evidencia nos recorrentes maus-tratos contra os animais. É inadmissível a irresponsabilidade e crueldade de certos donos com relação aos seus mascotes, os quais não podem prestar queixas e defenderem-se sozinhos. Além disso, a insuficiência de legislação somada ao tão somente compartilhamentos em redes sociais como o Facebook, não solucionam concretamente a questão. Para a biologia, o que diferencia o ser-humano de outros seres, é nossa capacidade de fala e racionalidade. Contudo, é possível dizer que esse último aspecto é "duvidoso", quando se menciona os descasos para com outras espécies. Essas, não podem falar ou reclamar, muito menos denunciar verbalmente seus agressores. A Declaração Universal dos Direitos dos Animais é clara em seu Art. 3: maus-tratos e crueldade a qualquer tipo de animal é inaceitável. Contudo, esse decreto internacional, bem como as leis da Constituição Federal de 1988 que se propõem a proteger tais seres irracionais, se vêm insuficiente para resolver a problemática. Uma vez que há uma carência de reais denunciações por parte de cidadãos que se deparam com essas atrocidades, sendo esse um dos principais fatores que ajudam na sua perpetuação. Diante desse cenário, são indispensáveis medidas não somente publicas, mas também sociais e civis. O governo deverá fortificar as leis, com penas como trabalho voluntário prestado ao setor de meio ambiente. A mídia, poder-se-á divulgar campanhas que conscientizem o cidadão da importância da delação. No âmbito social, o incentivo à criação de pequenos grupos de vigilância de bairros constituídos por vizinhos, que possam fiscalizar de perto possuintes de bichos e, caso haja ocorrência, levar diretamente aos órgãos especializados.