Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Como promover a integração dos moradores de rua à sociedade

Redação enviada em 28/08/2018

A obra “Capitães de Areia”, do autor Jorge Amado, retrata a vida de jovens que, pela falta de oportunidades, moram nas ruas de Salvador. Nesse contexto, fora da literatura, essa história não é apenas uma ficção, mas faz parte do cotidiano de milhares de brasileiros. Nessa perspectiva, cerca de 100 mil pessoas vivem nas ruas, onde não há sequer condições mínimas para a habitação humana. Dessa forma, a negligência do governo e a falta de empatia da população são as principais causas que potencializam o índice de moradores de rua. É fundamental analisar, antes de tudo, que a negligência está na origem do impasse. Nesse sentido, conforme John Maynard Keynes, economista inglês, é dever de o Estado suprir as necessidades básicas de seus cidadãos e assegurar-lhes o bem-estar. Entretanto, o poder público vem há décadas ignorando sua responsabilidade de garantir amparo financeiro à população carente. Desse modo, enquanto Brasília continuar se preocupando com políticas externas e dando as costas para a realidade dos moradores de ruas, os brasileiros vão continuar cada vez mais se tornando andarilhos. Convém destacar, também, que o preconceito da sociedade contra moradores de rua implica, de forma negativa, na segregação desse contingente populacional. Desse modo, na obra “Modernidade Líquida”, o sociólogo Zygmont Bauman demonstra que o individualismo é uma das principais características da pós-modernidade, que se dá em detrimento a coletividade. Nesse viés, parte da população tende a ser incapaz de atuar no combate à discriminação contra os moradores de rua. Portanto, um caminho possível para mitigar essa rejeição é desconstruir o principal problema da sociedade brasileira: o individualismo. Fica evidente, portanto, que a invisibilidade social e a desatenção do governo estimulam o índice de andarilhos. Dessa forma, é preciso uma ação conjunta entre o corpo social e os meios midiáticos, em que esses devem realizar campanhas nas redes sociais e palestras, essas ministradas nas escolas, a fim de mitigar preconceitos e discursos intolerantes, contribuindo para o desenvolvimento de ações solidárias da população, realizando, desse modo, mutirões para arrecadar alimentos e roupas. Ademais, o governo, por meio do Ministério de Desenvolvimento Social, deve construir abrigos para os andarilhos não só se instalarem, mas, desenvolverem atividades que gerem renda, entretanto, só será possível se forem disponibilizados cursos profissionalizantes. Com efeito, a história relatada por Jorge amado será apenas ficção.