Com o advento das Revoluções Industriais e consolidação do capitalismo, vários trabalhadores e operários foram marginalizados, em consequência da distribuição desigual de renda. Contemporaneamente, o panorama socioeconômico não é diferente, muitos indivíduos não chegam nem a conseguir emprego e passam a morar nos arredores dos centros urbanos. Nesse contexto, deve-se analisar as consequências do âmbito educacional e a realidade psicossocial no Brasil. Em primeira análise, segundo dados da revista “Istoé”, a baixa escolaridade e o aumento do índice de desempregos são preocupantes entraves para a integração dos moradores de rua. Sobre isso, o vigente sistema capitalista exige a capacitação dos indivíduos para atender as necessidades da indústria, ou seja, a escolaridade é o meio de inserção dos indivíduos no mercado de trabalho. Contudo, nota-se baixa estimulação governamental para engajar os moradores de rua na escola. Desse modo, evidencia-se a confirmação das alegações de Milton Santos, em “Por Uma Outra Globalização”, que descreve a lamentável realidade do capitalismo. Outrossim, conforme o sociólogo, Zygmunt Bauman, em “Modernidade Líquida”, o individualismo se tornou a principal característica da Pós-Modernidade. Comparando com a realidade, os moradores de rua são alvos constantes de negligência social, uma vez que indivíduos privilegiados não auxiliam os mais prejudicados pelo sistema capitalista. Ademais, como defende Durkheim, em “O Suicídio”, a falta de solidariedade ligada a uma crença colabora com o aumento dos casos de suicídio. Sendo assim, uma transformação psicossocial é fundamental para a integração desses moradores marginalizados. Torna-se evidente, portanto, que os moradores de rua precisam ser integrados na sociedade. Para isso, o MEC (Ministério da Educação), deve solicitar aos Dirigentes do Poder Executivo a criação de mais escolas públicas de qualidade, para que todos os cidadãos tenham direito à educação e, assim, sejam devidamente capacitados. Além disso, o Governo Federal, em parceria com psicólogos, deve elaborar ações lúdicas que estimulem o convívio social e aumente o sentimento de solidariedade dos indivíduos. Dessa forma, seria instituído o “3º Mundo” de Milton Santos que é a face utópica do capitalismo.