A Constituição de 1988, apelidada de “Constituição cidadã”, marcou para muitos o início da garantia dos direitos. Entretanto, 30 anos após sua elaboração, fica evidente a ineficiência do Estado em praticar o texto e assegurar os direitos de cada indivíduo. São exemplos, os moradores de rua, parcela essa da população que é privada de seus direitos sociais (condições dignas de vida), direitos civis e até mesmo, direitos humanos. Portanto, promover a inclusão social dessa população segregada é um dos passos para garantir uma Constituição eficiente. Primeiramente, torna-se necessário destacar que o fator financeiro é um dos motivos pelos quais o indivíduo acaba habitando as ruas, já que o desemprego afeta a renda da população, de forma mais intensa a população de classe baixa, impossibilitando-os de pagar o próprio aluguel ou financiamento imobiliário, afetando, dessa forma, seu direito civil à propriedade privada e levando-os a encontrar como alternativa á sobrevivência, a habitação de ruas, calçadas, parques públicos, entre outros. Vale destacar ainda, que não apenas o fator financeiro coopera para essa triste realidade, mas também, fatores como vícios em substâncias ilícitas (crack, cocaína, maconha) e lícitas (bebidas alcoólicas), uma vez que as mesmas alteram a distribuição de substâncias químicas no organismo, levando o indivíduo a tomar decisões extremas para saciar seu vício, chegando na maioria das vezes, a perda total de bens, afastamento do núcleo familiar e a habitação de locais públicos. Torna-se evidente, portanto que a segregação dos moradores de rua é uma realidade brasileira que precisa ser combatida. Para isso, o estado pode atuar na garantia de emprego aos moradores de ruas, através de trabalhos em espaços públicos, limpeza e manutenção, como forma de auxiliar na recuperação da renda do indivíduo e sua reinserção á sociedade. As Ong´s, mídias e família, podem atuar em conjunto apresentando os riscos de substâncias químicas, como maneira de diminuir o seu consumo. Dessa forma, estaremos dando os primeiros passos para que a Constituição de 1988, seja de fato, a garantia dos direitos das minorias.