A obra Capitães de Areia, escrita pelo autor Jorge Amado durante o Estado Novo, narra o cotidiano de um grupo de meninos moradores de rua em Salvador, e o descaso sofrido sobre eles. Assaltos e violência são características marcantes do livro. O que deveria ter se erradicado a décadas, ainda se faz presente nos dias atuais seja pela falta de assistência governamental, seja pelo desprezo da população. Em primeiro plano, o artigo 6º da Constituição Federal assegura o direito social à moradia e segurança para os brasileiros. Porém, a realidade do país é outra. Existem mais de 100 mil cidadãos vivendo em regime desumano, em condições caóticas de higiene e alimentação. Portanto, fica evidente a importância da intercessão estatal na problemática. Ademais, a negligência da população reforça a exclusão social dos moradores de rua. Os cidadãos, em sua maioria, referem-se a tal grupo como inferior,realizando assim crimes de ódio e violência. Um exemplo disso foi a agressão de agentes da Guarda Municipal de São Paulo contra o morador de rua Samir Aliahmadsati e sua esposa, apenas por viverem nas calçadas da metrópole. Sendo assim, faz-se necessário uma reavaliação das condições dos moradores de rua. A Secretária de Desenvolvimento Social em parceria com a mídia devem criar projetos de inclusão desses habitantes, através de programas e aplicativos que visem o mercado de trabalho para tal grupo, para que assim seja estimulado o poder criativo e a valorização dos mesmos perante à sociedade. Desse modo, os moradores de rua obteriam renda para sua sobrevivência e conquistariam o respeito merecido diante à nação.