Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como promover a integração dos moradores de rua à sociedade

Redação enviada em 01/06/2018

A noção de pertencimento da sociedade pelo indivíduo é caracterizado a partir das relações sociais (formação de laços afetivos, exercício da cidadania e empregabilidade) que constroem o sentido de coletividade. Em contraponto a essa perspectiva antropológica do pensador Lévi-Strauss, no contexto brasileiro, o psicólogo Émile Durkhein, consoante a sua teoria da coerção social, a sociedade segrega o indivíduo indiferente aos padrões de convivialidade na coletividade. Por consequência disso, os moradores de rua sofrem com o olhar marginalizador social que é agravado pela ausência de cidadania. Primeiramente, os moradores de rua não possuem auxílio governamental adequado aos próprios anseios de vida cotidiana (falta de albergues, alimentação e dinheiro), que, por conseguinte, impede o exercício da cidadania. Para o sociólogo João Clemente, isso é um problema comum, pois os programas de assistência governamental resolvem de modo generalizado os anseios pessoais daqueles moradores de rua, ao invés de atuar exclusivamente com cada contexto de vida do sem-teto. Desse modo, a noção de pertencimento social do morador de rua sob a perspectiva antropológica do Lévi-Strauss é impossibilitada pelo auxílio governamental oferecido. Ademais, o olhar marginalizador social ocasionado pela indiferença no compartilhamento de costumes e interesses (construção de laços afetivos na sociedade e empregabilidade) dentro das relações sociais exclui o sem-teto da coletividade. Com isso, em mente, devido à necessidade de sobrevivência, o morador de rua se sujeita a meios de subsistência degradantes. Exemplo disso são os sem-tetos residentes do bairro Cracolândia em São Paulo, onde promovem o tráfico de drogas e a prostituição como fonte de renda. Logo, os costumes e interesses da sociedade não condizem com a realidade vivenciada pelos moradores de rua, formando, assim, um olhar marginalizador social. Cabe, como medida, portanto, aos governos municipais criarem programas de auxílio governamental no atendimento individualizado com base na solução dos anseios de vida do sem-teto mediante o aumento das finanças destinado a esse fim, objetivando o exercício da cidadania. Ao lado disso, as ONGs devem promover saraus culturais que possibilitem a troca de vivências entre a realidade do morador de rua com os costume e interesses da sociedade. Paralelo a isso, os governos estaduais devem destinar verbas exclusivas para a criação de cursos profissionalizantes, tendo em vista, a capacitação do sem-teto ao mercado de trabalho.