Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Como promover a integração dos moradores de rua à sociedade

Redação enviada em 31/05/2018

Na narrativa do escritor alemão Franz Kafka, o personagem Gregor Samsa transforma-se em um inseto após sofrer pressões de uma sociedade na qual o caos foi banalizado. Fora da literatura, a desordem instaura-se no Brasil pós-moderno à medida que nem o Estado, nem o corpo social, se mobilizam com o intuito de promover a integração de moradores de rua à sociedade. Dessa forma, novas medidas capazes de solucionar a problemática são necessárias, para que os não contemplados por moradia não sofram similares metamorfoses. Em primeiro plano, a Constituição Federal de 1988-norma de maior hierarquia no sistema judiciário brasileiro-já em seu preâmbulo, assegura o exercício dos direitos individuais e sociais. Sob tal perspectiva, compreende-se que é competência do Estado garantir a dignidade de seus cidadãos, porém, não há políticas púbicas eficazes com o intuito de garantir a inserção de moradores de rua à sociedade, contribuindo para o agravamento da problemática. Por consequência, pesquisas realizadas pela Ipea em 2015, mostram que no Brasil há mais de 100 mil pessoas nas ruas, sendo a maioria por vício em drogas. De outra parte, a sociedade brasileira contemporânea é influenciada por uma cultura de preconceitos. Dessa maneira, moradores de rua são vistos com desprezo por parte da sociedade, o que dificulta, além do convívio social, a inserção ao mercado de trabalho, impossibilitando assim, a realização de uma vida digna fora das ruas. Consoante isso, o psicólogo Frederic Skiner desenvolveu o behaviorismo radical, definindo o comportamento do homem como resultado da influência do meio sobre ele. Destarte, a perpetuação da cultura do preconceito se dá devido a mímese que os cidadãos reproduzem do padrão social. Levando em consideração o exposto, para que a banalização figure apenas nas páginas da literatura, medidas são necessárias para a resolução desse impasse. Torna-se imperativo que o Governo promova projetos sociais, realizando cursos de capacitação profissional em áreas de grande demanda-como construção civil e reciclagem-, além de investir em clínicas especializadas em atendimento aos dependentes químicos, visando assim, melhores condições, que efetivem, inclusão destes à sociedade. Ademais, que a população por meio das mídias, escolas e redes sociais debatam sobre a importância da desconstrução do preconceito para uma sociedade mais justa, para que, desse modo, a inclusão seja definitivamente possível. Assim, a problemática será superada.