De acordo com a Constituição Brasileira, todos são iguais perante a lei, independente da cor, do gênero ou condição financeira, garantindo, assim, os mesmo direitos sociais. Entretanto, diante da realidade vivenciada pelos moradores de rua, a Constituição não é seguida, já que lhes faltam direitos básicos, negados pela negligência do governo e consequência de uma educação precária. Por isso, torna-se imprescindível a análise para a reintegração dessas pessoas na sociedade. Primeiramente, é notório que os moradores de rua são deixados à margem da comunidade ao não possuírem seus direitos humanos afirmados, como saúde, moradia e educação. Esse fato acontece, principalmente, pelo descaso do Governo Federal frente à problemática das pessoas em situação de rua, ocasionando sua continuidade. Isso é evidenciado quando acidentes como o incêndio em São Paulo no prédio ocupado por família em situação de rua são noticiados, mostrando a realidade precária em que vivem. Além disso, a situação socioeconômica dessas pessoas está intrinsecamente ligada aos seus baixos níveis de escolaridade. Segundo a revista Istoé, em 2006, mais de 50% dos moradores de rua possuíam somente o ensino fundamental completo (e, às vezes, nem isso). Dessa maneira, é indubitável a importância da educação no contexto social para obtenção de uma melhor qualidade de vida. Portanto, a solução da problemática educacional e a consolidação dos direitos aos moradores de rua são essenciais para inseri-los na sociedade. Logo, o Governo Federal deve garantir moradia às pessoas nessas condições, além de criar campanhas de arrecadação de alimentos em escolas e igrejas, para que elas possam ter uma vida digna. Ademais, o Ministério Justiça deve cria uma lei que assegure ensino fundamental e médio às crianças moradores de rua e auxilie a entrada no ensino superior, pois, como dito por Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo. Só assim, todo o tecido social terá os mesmo direitos impostos na Constituição.