Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Como promover a integração dos moradores de rua à sociedade

Redação enviada em 20/04/2018

A Declaração dos Direitos Humanos afirma: “ Todos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Entretanto, o “apartheid” social vivido por moradores de rua contradiz essa máxima. Diante disso, é importante que sociedade e Estado atuem com o propósito de agregá-los e, assim, tornar tais indivíduos parte de uma mesma humanidade. Historicamente, existiram casos de segregação de grupos, como os cercamentos dos campos, na Revolução Industrial, que expulsaram camponeses de sua moradia passando a habitar as cidades em péssimas condições. Segundo a Folha de São Paulo, o desemprego ainda é uma das razões que levam indivíduos a viverem em situação de rua, mas pode-se encontrar outras causas, como associação com drogas, problemas familiares, emocionais. Nesse cenário, o fato de ser um grupo heterogêneo, sendo assim caracterizado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, torna a resolução do problema ainda mais complexo, porque cada indivíduo deverá ser tratado conforme sua particularidade. Apesar da diversidade existente, essas pessoas tem em comum o ambiente de miséria. Infelizmente, isso não tem alertado ao poder público e ao cidadão comum. Logo, tal comportamento confirma as ideias do sociólogo Zigmunt Bauman: “os moradores de rua são refugos humanos”. Dessa forma, medidas de “higienização”, realizadas por alguns prefeitos, com o propósito de retirar pertences dessa coletividade dos locais públicos demonstram que eles não consideram a importância desses objetos, como papelões, colchões, àqueles que têm o mínimo à sobrevivência. Em contrapartida, é válida as ações de ONG’s que tentam suprir essas necessidades, com doações de alimentos e roupas, mesmo não atacando as causas do problema. É necessário, portanto, concretizar uma sociedade mais justa e igualitária. Para isso, o Estado deve atender as díspares necessidades. Desse modo, deve promover políticas públicas que integre uma equipe multidisciplinar, assistentes sociais, médicos, psicólogos e planejadores urbanos com o objetivo de atuarem na geração de emprego, no convencimento de internação do dependente químico e a outras questões particulares a cada morador de rua. Outrossim, a família e a escola devem promover debates sobre o tema, no ambiente público e nas redes midiáticas, de reinserção dessa comunidade à sociedade e, consequentemente, ir além do assistencialismo: construindo uma sociedade digna.