A Carta Magna de 1988, constituição de maior hierarquia no Brasil, assegura o direto de todos os cidadãos à moradia. No entanto, os dados divulgados pelo Ipea, indicam uma contradição, cerca de 100 mil pessoas vivem nas ruas pelo país. Nesse contexto, frente a fatores sociais e insuficiências governamentais, a problemática instala-se. Primordialmente, segundo a revista "Isto é", o principal fator que leva um indivíduo a se tornar morador de rua é o uso exacerbado de substâncias lícitas e ilícitas. Dessa maneira, observa-se a forte influência das mídias sobre as pessoas, haja vista que, embora existam inciativas contra a utilização desses elementos, o uso de bebidas alcoólicas, por exemplo, são constantemente associadas em propagandas comerciais a aceitação social, o que leva muitas pessoas a seu uso e vício. Além disso, corrobora para situação vigente deficitário sistema educacional. Segundo Immanuel Kant "O ser humano é aquilo que a educação faz dele", depreende-se, portanto, a importância dela na vida do indivíduo. Desse modo, o baixo grau de escolaridade da maioria dos moradores de rua, segundo a revista "Isto é", cerca de 60% mal possuem o ensino fundamental completo , auxilia na dificultosa reintegração ao mercado de trabalho e no crescimento de tal população minoritária. Logo, a fim de reverter essa adversidade, é imperioso que os grandes canais da televisão nacional disseminem campanhas publicitárias mostrando os malefícios que os vícios nessas drogas causam. Além disso, a associação de Alcoólatras Anônimos em parceria com as prefeituras das cidades, devem promover o resgate de moradores de rua que tenham algum vício, objetivando recuperar a saúde mental e física desses com o auxílio de médicos e psicólogos, de modo que possam voltar a ter pleno controle de suas vidas. Associada a essa iniciativa, é imprescindível que o Ministério da Educação, disponibilize cursos aos moradores recuperados, a fim de que tenham preparo para o mercado de trabalho e, por meio disso, se reintegrem a sociedade.