Desde o Brasil colonial a desigualdade é um fator constante. De escravos a moradores de favelas e desabrigados, sempre houve uma parcela da população à margem da sociedade. Entretanto, apesar de alguns auxílios que o governo disponibiliza, como o CadÚNICO, a diminuição dessa parcela não acompanha o desenvolvimento do país. Essa desproporção do desenvolvimento pode ser analisada através da comparação entre o crescimento do PIB e a diminuição do índice de Gini. Ainda que o PIB brasileiro cresça ano após ano, o aumento da renda não diminuiu a desigualdade social. Consoante à desigualdade social está o desabrigo. Sobretudo esse fato teve inicio com a destruição dos cortiços no final do século XIX pelo prefeito do Rio de Janeiro Barata Ribeiro. Com isso, milhares de pessoas ficaram sem moradia ou foram morar em favelas. Posteriormente, o êxodo rural contribuiu para o aumento de desabrigados nos grandes centros urbanos, acontecimento que justifica a estatística do IPEA “77% habitavam (2015) municípios com mais de 100 mil habitantes”. Em contrapartida o governo de hoje oferece certos auxílios para as classes mais baixas, como o CadÚnico, que possibilita benefícios como o Bolsa Família. Contudo as maiores causas do desabrigo estão relacionadas ao consumo de drogas e a baixa escolaridade, de acordo com a revista “Istoé”. Em suma, hajavista o processo histórico da desigualdade no Brasil, uma parcela da população sempre ficou à margem da sociedade. Todavia, apesar dos benefícios governamentais, essa parcela não acompanha o desenvolvimento nacional. Em virtude das causas do desabrigo estarem relacionadas a drogas e baixa escolaridade, o governo deve investir na inclusão com somente por benefícios financeiros, mas também por centros de apoio psicológico que auxiliem no abandono das drogas e ao retorno à escola. Dessa forma, essa parcela diminuirá acompanhando o desenvolvimento do país, assim, o percurso da desigualdade será modificado.