Título da redação:

Quem mora nas ruas também é gente

Proposta: Como promover a integração dos moradores de rua à sociedade

Redação enviada em 18/02/2018

Atualmente, o ordenamento jurídico brasileiro tem como dispositivo máximo a Constituição Federal, também conhecida como "Constituição Cidadã", esta, por sua vez, é conhecida assim por trazer consigo inúmeros direitos individuais e coletivos de caráter fundamental, sendo um deles a moradia. É, nesse contexto, que se torna imprescindível discutir a situação sub-humana de uma parcela considerável da população que, hoje, encontra-se morando nas ruas; situação esta que vai de encontro ao princípio mais importante de tal documento. Assim, cabe frisar que as ruas são lugares perigosos e inseguros, principalmente para aqueles que delas se utilizam como lugar de morada. Contudo, esta é a situação de cerca de 100 mil pessoas no Brasil, conforme pesquisa publicada pela Ipea, no ano de 2015. Esse cenário encontra base nos constantes problemas sociais e falta de investimentos em setores importantes, por parte do governo; o descaso com a educação, a título de exemplo, é um desses nichos negligenciados, sem instrução necessária não há como encontrar um emprego, sem trabalho não há com obter renda e sem esta não há como se almejar uma moradia. Entretanto, o problema de moradores de rua não deve ser relegado apenas aos governantes, pois é um contratempo, que assim como outros, deve contar com o apoio da sociedade. Há que se desmistificar a ideia de que todas as pessoas nesta situação são "vagabundas" ou "bandidas", isso porque trata-se, em verdade, de uma questão derivada de complicações de ordem socioeconômicos . A crise atual esta levando milhares de pessoas ao inadimplemento e desemprego e tais fatores devem aumentar ainda mais os números já altos de pessoas nessas condições, caso, em que não há como culpá-las por tal situação. Desse modo, percebe-se que o problema de pessoas morando nas ruas decorre de outras questões já existentes e sua correção depende da intervenção em tais setores que a primeira vista poderiam parecer irrelevantes ou mesmo sem conexão com o tema. O governo deve ter papel ativo para a mudança desse cenário por meio da criação de programas de inclusão dessas pessoas que muita das vezes estão a espera de uma oportunidade e ainda investindo em áreas que podem evitar esse fim. A sociedade, por sua vez, também não deve abastece da questão devendo ajudar, por exemplo, com doações de roupas, comida, água; porque no final das contas esses indivíduos também são gente.