Título da redação:

O positivismo da reintegração

Proposta: Como promover a integração dos moradores de rua à sociedade

Redação enviada em 26/04/2018

A constituição brasileira de 1988 garante a todos os cidadãos o direito a uma vida digna. Na hodiernidade, no entanto, essa seguridade tem se mostrado pouco eficaz à uma parte da população, os moradores de rua, os quais são vistos às margens da sociedade. Nessa perspectiva, faz-se necessário analisar como o contato corriqueiro com essa situação e a desatenção ao sistema educacional do país torna o problema ainda mais exorbitante. De início, é necessário entender que a forma banalizada como a conjuntura social passou a enxergar os moradores de ruas tem sido um fator de perpetuação desse problema. Isso porque a visualização constante da extrema pobreza e das más condições de vida dessas pessoas acaba trazendo para esse quadro uma ideia de normalidade e, por tanto, sem importância para quem o ver corriqueiramente. Para o filósofo chinês Confúcio, não corrigir falhas é o mesmo que cometer novos erros. Assim, o que se nota é a reverberação de pensamentos desatentos ao percentual marginalizado do país que desaguam em um “mar de pobreza” cada vez maior. Nota-se, ainda, que um dos fatores que dão causa as condições sub-humanas é o pouco ou inexistente nível de escolaridade. Esse fato acontece porque o sistema capitalista, base da economia brasileira, exige níveis de qualificações, os quais só são obtidos através de uma educação efetiva. Segundo o pensamento Marxista, a economia rege o pensamento e o comportamento social. Dessa forma, os indivíduos desenquadrados do capital são vistos como desnecessários ao escopo social. Em suma, é necessário fazer valer o preceito mandamental da constituição e garantir dignidade a todos. Logo, a heurística que otimizaria esse quadro provém de fatores governamentais e sociais. O primeiro, promoveria, por meio do Ministério da Educação, uma campanha de escolarização dos moradores de rua. Esse projeto seria realizado com a ida de equipes, formadas por professores, aos locais de maiores focos desses agrupamentos marginalizados. Garantindo, assim, a educação de que eles precisam para a reintegração no mercado de trabalho. O segundo, por sua vez, deveria, através da mídia, promover campanhas que visem atentar à população a essa realidade sub-humana, com o objetivo de tornar a luta contra a pobreza cada vez mais eficaz. Assim, o conhecimento assumiria um caráter prático para ajudar a vida das pessoas, como afirmava o Estado Positivista de Augusto Comte.