No romance, Capitães de Areia, de Jorge Amado, o autor busca relatar a existência de moradores de rua no Brasil e as dificuldades em seu dia-a-dia. Entretanto, mesmo após 81 anos a obras permanece contemporânea na sociedade atual, visto que, os números de moradores de rua aumentam a cada ano. Em vista disso, evidência a necessidade de não apenas ajudar esses moradores, e sim combater as causas dessa mazela social. Deve-se pontuar, de início, que o direito à moradia é um direito universal assinado pela Declaração dos Direitos Humanos. Contudo, o sistema capitalista vigente propicia o aumento da desigualdade social gerando a exclusão de uma parcela da sociedade. Dessa forma, o modelo econômico atual afasta socialmente indivíduos com menos qualificação profissional, e somado a falta de auxílio governamental, a rua torna-se a única opção de moradia, por falta de dinheiro. Em segundo plano, o combate a essa problemática é inadequado para a resolução completa dessa adversidade. Nesse sentido, inúmeras ONG’s buscam obter roupas e alimentos para essa parcela da população, entretanto, essas ações buscam apenas suprir as necessidades vitais, porém não atacam os motivos do problema. Dessa maneira, a falta do combate as causas da problemática apenas adia sua resolução, visto que, sem discursão das raízes do problema o número de moradores ainda aumentará complicando ainda mais a situação. Nesse sentido, é evidente que devemos combater as causas dessa mazela social. Dessa maneira, o Estado por meio de auxílios financeiros deve fornecer moradia digna a esses moradores, com intuito de diminuir a desigualdade social brasileira. Soma-se a isso, a intervenção do Ministério do Trabalho em fornecer qualificação profissional gratuita, com objetivo de incluir profissionalmente essas pessoas no modelo econômico vigente. A partir dessas ações espera-se a inclusão desses cidadãos as propostas do Direitos Humanos, posto isso é possível combater a contemporaneidade do romance de Jorge Amado.