Muitos são considerados invisíveis, até mesmo inconvenientes e indesejados. O senso comum atribui aos moradores de rua muitos motes como preguiçosos, desleixados, ociosos e até mesmo desenganados da própria vida. Transpor a barreira do preconceito, dos pré-conceitos estabelecidos e fortificados por uma sociedade cheia de preconceitos é uma tarefa lenta que precisa ser realizada diariamente. Diminuir este embate entre os dois lados é urgente. Enxergar estas pessoas, trata-las com respeito e dignidade é minimamente aquilo que qualquer pessoa deve ter como dever. Os estados brasileiros pouco apresentam e incentivam projetos e campanhas sociais para auxiliarem estas pessoas por seu caráter pouco assistencialista. Organizações não Governamentais (ONGs), grupos religiosos entre outros somam neste apoio. Neste sentido, projetos para a criação de pontos espalhados nas cidades onde estes moradores de rua possam fazer a higiene cotidiana pode, em muitos casos, abrir novos caminhos para quem procura sair dessa condição. Os pontos estariam equipados com itens básicos como banheiros, dormitórios e uma profissional da área social que indicaria caminhos alternativos ao das ruas. Imóveis desocupados, que existem em grandes quantidades e estão espalhados nas várias cidades do país, poderiam ser alvos de projetos que pudessem abrigar estas pessoas, permanentemente ou temporariamente através de projetos sociais. Existem muitos meios de diálogo com esta parcela da sociedade, mas muito pouco exploradas. A vontade política, social e humanitária ainda é insuficiente, no caso do Brasil, para o resgate da dignidade destes moradores de rua. A falta de tato e consciência da população em geral ainda é um agravante de distanciamento da população de rua aos mecanismos de inserção na sociedade.