É fidedigno que todo indivíduo tem direito à moradia, a educação e ao trabalho. Pelo menos, era o que a 26° Emenda Constitucional, de 2000, deveria assegurar, no entanto, após dezoito anos e ainda hoje não há maneiras includentes de moradores de rua à sociedade de forma abrangente e eficiente. Cerca de cem mil brasileiros, hoje, se encontram em situação de rua pelos mais variados motivos, e o entre os principais o desemprego e conturbações familiares. São uma minoria que possuem direitos negados, e além disso são excluídos pela própria sociedade, logo, são vítimas constantes, que hora se sujeitam a trabalhos informais em condições precárias, ora se humilham em frente a bancos e mercados a troco de singelas moedas. Os tais chamados albergues espalhados pelo Brasil, que tinha como princípio conferir-lhes auxílio com um teto sobre as cabeças, são precárias e não conseguem abarcar a quantidade de pessoas em situação de carência, tornando inegável a falta de interesse de Estado em conferir uma condição digna de vivência à esse grupo tão desfavorecido, embora possua esse dever. Diante da atual conjuntura, e dos números paulatinamente crescentes, o Governo Federal deve assumir uma postura mais humanizada, com referência aos Direitos Humanos, de 1948, investindo na construção e reforma de albergues, ademais oferecer nos próprios centros de acolhimento cursos profissionalizantes, destarte, ressaltar o caráter provisório do local e contribuindo para a chance de aparecerem oportunidades de trabalho. Por último, devem ser oferecidos nas escolas palestras que promovam a inclusão social dessas pessoas, diminuindo o preconceito e restabelecendo-as integralmente à sociedade.