A Constituição cidadã de 1988 foi criado com o intuito de ratificar e nivelar os direitos sociais dos brasileiros, garantindo a igualdade. Apesar de tal avanço, os ex-presidiários enfrentam dificuldades na garantia dos direitos ao tentarem se reafirmar na sociedade. Assim, é preciso analisar o papel do Estado e a sociedade como empecilho na inclusão social dos ex-presidiários. Sob esse viés, é necessário ressaltar a negligência do Estado diante da temática. A superlotação e a falta de políticas públicas dentro dos presídios dificulta e anula o papel das penitenciárias de ressocialização e inclusão. Tal ato viola a ideia contratualista do filósofo inglês John Locke, já que o Estado não cumpre seu papel de efetivar os direitos imprescindíveis (como educação e saúde) dentro das penitenciárias. Dificulta-se assim, a integração social dos mesmos diante das desavenças causadas pela omissão governamental. Simultaneamente, a descrença social e o preconceito causam uma barreira social,no qual o ex-detento se vê distante de sua reintegração e volta à criminalidade. Segundo dados da Gazeta do Povo, 42% dos ex-presidiários volta à prática criminal e é preso novamente. Evidenciando assim, a dificuldade de inclusão social. Diante dos fatos supracitados, o Ministério da Justiça deve dar mais atenção e reforçar os investimentos nas políticas de ressocialização dentro das penitenciárias, efetivando assim, o ideal contratualista do estado na garantia dos direitos nos presídios. Ademais, é preciso que a Ministério da Educação ofereça cursos de qualificação á tal público, com o intuito de inseri-los no meio acadêmico e conseguintemente facilitar a entrada no mercado de trabalho, rompendo, assim, com o estigma social constituído.