Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 24/05/2018

De acordo com Milton Santos, importante geógrafo brasileiro, o Brasil encontra-se em um contexto técnico-científico-informacional, isto é, a integração da população nas relações sociais é o pilar do desenvolvimento socioeconômico da nação. Ao analisar a atual situação da esfera presidiária no país, é evidente a falta de estrutura para a ressocialização dos detentos. Assim, a promoção de inclusão social de ex-carcerários é um desafio à sociedade brasileira. Primordialmente, o primeiro passo para compreender a ineficácia do sistema carcerário é observar quais as condições atuais que os presidiários enfrentam diariamente. A partir do livro "Estação Carandiru" do médico Dráuzio Varella, é possível inferir as mazelas diárias na vida de um detento como a corrupção entre agentes carcerários e a omissão do Governo no papel cuidador dos presos. Ademais, o funcionamento do presídio serve apenas como mecanismo de reclusão social sem compromisso com reparação e recondicionamento do indivíduo. Outrossim, a própria população pratica o preconceito no momento de reintegração de ex-detentos, o exemplo mais crítico é o pedido de antecedentes criminais em entrevistas de emprego. Dessa maneira, é impossível garantir que aqueles que já cometeram algum delito possam retornar a sociedade de modo efetivo. Nesse sentido, é inegável que o problema da reincidência da prática criminosa não é unicamente governamental, mas também de responsabilidade civil. Diante disso, há a necessidade de mudanças imediatas. Primeiramente, é necessário adotar medidas educativas ainda enquanto o preso estiver privado de liberdade a partir da integração entre o Ministério da Educação e o Governo Federal, proporcionando cursos de alfabetização e técnico-profissionalizantes. Além disso, a fim de fornecer uma condição ideal de reestruturação pessoal, é imprescindível que haja acompanhamento das condições dos presídios de maneira periódica para verificar condições de higiene, superlotação e corrupção de agentes.