Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 23/05/2018

No século XIX, com a criação da Lei Áurea, a escravidão foi abolida no Brasil, no entanto, os negros ao vencerem esse obstáculo logo se depararam com outro, que foi a dificuldade de se inserirem no meio social da época. Hodiernamente, esse fato histórico assemelha-se com a luta diária de ex-presidiários, os quais são prejudicados socialmente por terem um passado atrás das grades. Nesse contexto, não há dúvidas de que a inclusão de ex-detentos é um desafio no país, o qual ocorre, infelizmente, devido ao pouco comprometimento governamental e o preconceito da sociedade. Sob a ótica filosófica de Aristóteles, a política deve ser usada para garantir a felicidade dos cidadãos. Seguindo essa linha de raciocínio, logo se verifica que esse conceito não é bem efetivado no Brasil à medida que não só a estrutura física dos presídios, que se encontram em péssimas qualidades, higiene básica precária e apresentam superlotações, mas também os programas para a reeducação de um detento, não são eficientes em âmbito nacional. Desse modo, é evidente que o ex-presidiário não sairá bem estruturado do sistema prisional, podendo, dessa forma, voltar para a vida criminosa. Outrossim, o preconceito da sociedade ainda é um grande impasse para garantir a democratização de direitos a todos os cidadãos. Segundo o imperativo categórico idealizado pelo filósofo Immanuel Kant, as pessoas devem agir somente da mesma forma que gostaria que agissem com elas. Entretanto, tal pensamento altruísta não se faz tão presente na população brasileira, uma vez que o ex-detento, mesmo não estando mais privado de seu direito de ir e vir, se vê aprisionado pela discriminação. Dessa maneira, o indivíduo não consegue ingressar no mercado de trabalho, ter boas relações e ascender socialmente, o que pode, consequentemente, reinseri-lo novamente na criminalidade. Diante dos fatos supracitados, é preciso tomar medidas para reverter a situação. Logo cabe ao Governo Federal juntamente com o Ministério da Educação investirem em um sistema de presídios que ofereça uma estrutura agradável, cursos profissionalizantes, escolas para formarem os presos no ensino básico e o acompanhamento com psicólogos, para que assim o indivíduo saia capacitado e reeducado para viver em sociedade. Adjacente a isso, é dever do Ministério do Trabalho, através de incentivos fiscais, incentivar as empresas a contratarem ex-presidiários, para que desse modo as pessoas vejam os resultados da intervenção governamental supracitada e acabem, gradativamente, com o preconceito. Por fim, é visível que com um trabalho conjunto entre governo e sociedade a inclusão social fará parte do cotidiano do brasileiro.