Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 21/05/2018

Segundo Lavoisier, pai da química moderna, “na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Em paralelo a esse pensamento, o Brasil não tem criado, mas sim, transformado-se na terceira maior população carcerária do mundo. Colocação essa que, infelizmente, é alimentada pelo impasse que os ex-presidiários encontram na reinserção deles na sociedade. Contudo, é preciso encontrar caminhos para que aquela se concretize. Primeiramente, vale salientar que, a ausência de educação e oportunidade de emprego progridem para um possível furto e posteriormente ao roubo, violência e tráfico de drogas, inchando as celas com um grande contingente populacional até chegar ao ranking feito pelo Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, publicado em 2016, de terceira nação com a maior população carcerária do mundo. Além disso, a reinserção do preso no tecido social é dificultada pela ótica reprovadora da sociedade com o preconceito de algumas pessoas em estar perto de um ex-criminoso, julgando essas serem superiores a esse, e o medo de ter funcionários ex-detentos nas empresas, repudiando, assim, a ideia de dar oportunidade de recomeço a vida desses. Em virtude disso, inicia-se um ciclo de ex-presidiários na reincidência do crime, ciclo esse causado pela desacreditação de oportunidades, nutrindo um ranking não muito afável. Por conseguinte, os dados do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária apontam que a reincidência no crime gira em torno de 60 a 70%, o que significa que a falta de oportunidade de emprego e credibilidade da sociedade para com o egressado dificulta a esperança em um novo recomeço. Portanto, ainda dentro das penitenciárias, os encarcerados devem ser estimulados ao estudo e a capacitação profissional, por meio de cursos técnicos e profissionalizantes proporcionados pelo MEC, em parceria com o SENAI. Já fora das celas, o Conselho Nacional de Justiça, junto do Ministério das Cidades e Estruturas, deve absorver aquela mão de obra capacitada, por intermédio de incentivo de trabalhos em obras de infraestrutura e tecnologia. Por fim, o Ministério da Fazenda precisa dar isenções fiscais às empresas que admitirem ex-detentos em seu quadro de funcionários, a fim de intervir no ciclo que deixa o Brasil na pior colocação populacional e minimizar o impasse que o ex-presidiário encontra na reinserção dele dentro da sociedade.