Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 19/05/2018

A partir do século XVII as formas de vigilância e fiscalização, tonaram-se mais intensas sendo o panoptismo manifestado na vida cotidiana, por meio de escolas, hospitais e prisões de acordo com o padrão do livro Vigiar e Punir de Michel Foucault. Nesse cenário, os presídios são as instituições responsáveis pela reinserção dos indivíduos na sociedade, mas apesar de sua função de socialização, a inclusão social de ex-presidiários no Brasil ainda é um ideal distante da prática. Assim, é importante analisar os impedimentos dessa prática. Primariamente, a intolerância contribui para a problemática. Segundo os filósofos Karl Marx e Engels, a desumanização ocorre à medida que o homem esquece de si próprio e de seu semelhante. Nesse viés, a intolerância e o preconceito orientado em relação aos ex-detentos, inviabiliza que possam usufruir de seus direitos em razão da discriminação, por isso são impedidos de participar da vida comunitária. Logo, é de emergência a mudança dessas ideias retrógadas em prol da cidadania. Além disso, a precarização da inserção social é fruto da carência de assistência social a esse grupo. De acordo com a Política Nacional de Assistência Social, a promoção da integração dos indivíduos no mercado de trabalho cabe ao Estado. No entanto, a realidade destoa desse ideário. Nesse viés, a ausência de empregabilidade impede que a dignidade humana tenha plenitude em suas vidas, pois sem essa atividade podem estar em estágio de risco social em que a miséria e a falta de melhores aspirações socioeconômicas definem um quadro de exclusão social. Portanto, é fundamental a garantia da integração trabalhista dessa camada social. Diante dos fatos supracitados, é preciso que o Governo Federal, por meio de repasses financeiros as Secretarias Federais e Estaduais de Segurança Pública, estabeleçam nas delegacias cursos profissionalizantes a fim de estimular a inserção de ex- detentos no mercado de trabalho. Ademais, é necessário que o Ministério da Cultura, por intermédio das Secretarias Estaduais e Municipais de Educação, organize a realização nas escolas e faculdades de eventos de entrevistas e debates com esse grupo com o intuito de fomentar a troca de experiências de vida, e assim combater o preconceito com essas pessoas. Desse modo, a nação será mais justa, equilibrada e coesa.