Inicialmente criadas para punir e ressocializar os infratores, no Brasil as prisões cumprem apenas metade de suas funções. O sistema carcerário pune mas não consegue educar e capacitar os presos para que não voltem a cometer delitos. Prova disso é o elevado grau de reincidência no crime, cerca de 42%, como afirmou o juiz federal Erivaldo Ribeiro ao jornal Gazeta do Povo. A superlotação e as péssimas qualidades da maioria das cadeias brasileiras aliado ao preconceito da sociedade com os ex-detentos são os principais obstáculos para a ressocialização dos presos e inserção no mercado de trabalho O principio da dignidade humana pode ser considerado como a base da Constituição Federal porém, esse principio é inexistente em várias cadeias brasileiras. em 2015 o programada TV Bandeirantes, A Liga, visitou várias presídios pelo Brasil e mostrou as condições degradantes que os presos são submetidos. Celas superlotadas, assistência medica precária ou inexistente e surtos de doenças, como tuberculose e sarna, são relatados com frequência. Também não há nenhum programa de ressocialização ou educação, o que leva os presos a admitirem a possibilidade de retornarem pro crime quando reaverem sua liberdade. Ao contrário disso, na APAC, unidade prisional que apresenta aos seus detentos conceitos como responsabilidade, autovalorização e capacitação profissional o resultado é bem mais positivo pois em 4 anos de funcionamento de uma unidade no interior do Paraná, houveram apenas dois casos de reincidência Enfrentar o preconceito da sociedade e a precarização do trabalho, especialmente porque os detentos tem baixa qualificação profissional, é tarefa difícil para os egresso. O estigma de ex-presidiário é um grande obstáculo para o ingresso no mercado de trabalho, prova disso é que, em média, apenas 20% conseguem emprego, como mostrou a série "Prisões Brasileiras: Um Retrato Sem Retoque". Uma das causas dessa dificuldade é a descrença da população na eficácia da ressocialização dos presos uma vez que os empregadores consideram os egressos coo uma ameaça. e ampliar iniciativas que já obtiveram bons resultados como a APAC que oferece cursos de capacitação profissional além da humanização da pena de prisão e valorização do ser humano. A adoção desse modelo alternativo é de grande importância para a sociedade como um todo pois, uma vez que a ressocialização seja realmente eficaz, é apenas questão de tempo para que ocorra a inclusão social dos presos