Em um país Subdesenvolvido , onde os índices de criminalidade tem níveis acima da média, faz com que o sistema prisional brasileiro não suporte tantos detentos. Há cerca de 470 mil pessoas em penitenciárias com capacidade para abrigar 299 mil ,segundo Departamento Penitenciário Nacional, o que causa a superlotação de cadeias e ineficiência no julgamento de casos .Consequentemente, um empecilho para que os governos avancem em políticas públicas de reinserção na sociedade após o cumprimento do mandato, como também o preconceito por parte da população. Segundo a reportagem pela Gazeta do Povo cerca de 42% de ex-penitenciários voltam a cometer crimes e acabam na prisão mais uma vez. Isso se deve ao fato da ineficiência do sistema em medidas de educação e capacitação dessas pessoas para se reintegrar á sociedade e obter oportunidades de formação profissional. Tendo em vista que a maioria dos presos são analfabetos funcionais. Outro aspecto importante a ser considerado como entrave ao avanço de políticas públicas para o sistema carcerário , é o preconceito por parte da sociedade ao considerar investimentos como um desperdício .Considerando-se que são jovens entre os 18 aos 29 anos que merecem uma nova oportunidade. Apesar da ineficiência, felizmente há estados que conseguiram promover a reinserção de ex-detentos e obtiveram sucesso. Como é o caso do Paraná, com a Associação de Proteção e Assistência aos condenados em que de 137 presos que passaram por lá apenas dois reincidiram. M. Ribas é um dos que passaram por ela e diz: “Lá dentro da APAC aprendi a meditar, a acalmar minha mente e a retomar gosto pelo estudo”. Portanto, torna-se evidente a adoção de medidas de reinserção aos detentos na sociedade brasileira. Cabe ao governo por investimentos no sistema prisional aumentando número de celas e cadeias que comportem todos. A fim de acabar com a superlotação. Ademais, ao Conselho Nacional de Justiça através da administração criar medidas para educação dos detentos e executá-las, além de conceder oportunidades de empregos. Pois segundo Paulo Freire, “Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.”