Na série Prison Break, Lincon Barrows foi condenado à morte por supostamente ter assassinato o irmão da vice-presidente dos EUA. Em virtude disso, sem terem conhecimento se o suspeito era mesmo o responsável pelo crime, muitas pessoas o julgaram e refletiram preconceito. Apesar de ficcional, a obra retrata uma parte da realidade que muitos ex-presidiários enfrentam ao sair dos presídios: rejeição e preconceito. Contudo, esse problema possui raízes históricas e deve ser combatido. É notório que a falta de cuidados com os detentos por parte do Estado englobe uma grande adversidade social, visto que, dentro dos presídios, no Brasil, ele não dispõem de infraestrutura para todos os seus ‘’moradores’’, tornando o local desumano e sem capacidade necessária que possibilite uma reabilitação. Por consequência, quando soltos, esses apenados não possuem educação qualificada e nem competência para enfrentar as mesmas situações que os levaram a cometer o primeiro crime. Em vista disso, segundo o site Gazeta do povo, 42% de ex-detentos voltam a praticar delitos e acabam na prisão outra vez. Os preconceitos têm mais raízes do que princípios. Desde o Romantismo, padrões estéticos e de comportamentos, como o modo de se vestir, foram inseridos na sociedade. Nesse contexto, indivíduos que não se encaixam no padrão estão sujeitos a sofrer rejeição. Dessarte, observa-se que a mentalidade humana está fechada para ex-detentos que tentam recomeçar suas vidas. De acordo com o sociólogo Michel Foucault, ‘’é preciso mostrar para as pessoas que elas são mais livres do que pensam para quebrar pensamentos errôneos’’ construídos durante o Romantismo. Assim, uma mudança nos valores da sociedade é fundamental para a formação de pessoas despreconceituosas. Fica clara, portanto, a necessidade de combater esse problema para que os ex-presidiários tenham mais oportunidades. Dessa maneira, o Governo Federal, com o Ministério da Educação, demandam de fomentar práticas públicas, tal como inserção nas escolas do ensino médio de palestras administradas por ex-detentos. Propor a contratação desses apenados por empresas de médio e grande porte por intermédio de incentivos fiscais como isenção de impostos à aqueles que ocupar pelo menos 10% de cargos a essas pessoas. Espere-se, com isso, familializar a sociedade tendo em vista o convívio com ex-detentos, para que ela possa abandonar o preconceito e integrar essa classe no meio sociocultural.