Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 12/05/2018

O Brasil vive numa crise de superlotação dos presídios e de violência nas ruas que é retroalimentada pela reincidência criminal em que, segundo pesquisas, cerca de 40% dos ex-detentos voltam a cometer ilícitos. Devido a isso, torna-se crucial restaurar e incluir na sociedade o ex-presidiário, fazendo com que a reclusão social seja efetiva em transformar o criminoso em um cidadão colaborativo e respeitador das normas da sociedade. Entretanto, existem obstáculos, sendo necessárias medidas dentro e fora dos presídios para que isso ocorra. Inicialmente, é imperioso que haja cada vez mais programas de restauração humana dentro dos presídios a fim de capacitar os presos à vida em sociedade fora das grades. Esses programas, devem ser promovidos por ONG’s , instituições religiosas e pelo Estado usando-se de estratégias como a educação , trabalho laboral e a capacitação técnica, visto que segundo Focault a prisão moderna precisar ser um lugar de transformações de indivíduos . Contudo, o ideal não consegue ser plenamente alcançado, pois a falta de estrutura nos presídios no âmbito do excesso de contingente e da precária organização espacial dos criminosos, muitas vezes formando-se facções internas, impede que o trabalho humano dessas instituições seja tumultuado por problemas logísticos oriundos dessa hipoestrutura prisional. Além dessa, outra ação fundamental à ressocialização dos ex-presos é o auxílio na emissão de documentos dessas pessoas e o apoio psicológico, ambos oferecido pelo Estado. Tal ato faz-se necessário, porque muitos encarcerados recebem a liberdade sem ter em suas mãos documentos básicos que são fundamentais para o posterior exercício da cidadania, ocasionando em exclusão. Nesse âmbito, projetos como o Programa Cidadania nos Presídios, implantado no Espírito Santo pelo CNJ com o governo estadual, que oferece a regularização documental e apoio psicológico ao prisioneiro, são louváveis e precisam ser amplamente reproduzidos no país. Apesar disso, infelizmente, ainda haverá a barreira do preconceito e da insegurança da sociedade, da dificuldade de se conseguir empregos formais, mas caberá a sociedade dar uma segunda chance e correr o riscos minoritários de novos crimes ou excluí-los e ter a certeza de novos crimes. Fica claro, desse modo, que é necessário mudança para que as barreiras que impedem as boas medidas institucionais de terem êxito sejam eliminadas, pois como disse Einsten, loucura é esperas novos resultados sem novas ações. Primeiramente, é fundamental que o Governo Federal faça a manutenção e ampliação dos presídios e construção de novas unidades ,para acabar com a superlotação e desordem nos presídios ,com o objetivo de incentivar os programas humanísticos que dentro da prisão promoveram estratégias de restauração social, humana e cidadã dos detentos. Em segundo lugar, a sociedade deve ser compassiva e empática, evitando descriminação e apoiando os políticos, as instituições e campanhas que lutam pela humanização dos presídios e pela reinserção desses que antes estavam reclusos da sociedade. Com essas medidas, a sentença de Einstein será satisfeita e ocorrerá a inclusão social dessa parcela da população.