Título da redação:

Princípio aristotélico

Tema de redação: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 09/10/2018

De acordo com Aristóteles, filósofo grego, a política deveria ser a arte de fazer justiça social, isto é, o Estado deve garantir o bem-estar de todos os indivíduos. Entretanto, observa-se que esse fundamento aristotélico, quando relacionado à inclusão de ex-presidiários brasileiros na sociedade, permanece no âmbito da metafísica e, por conseguinte, não é praticado. Nesse sentido, para promover essa inserção social, é fundamental dar educação básica aos detentos e inseri-los no mercado de trabalho. Em primeira análise, educar os presos é um meio para fomentar essa inclusão. Prova disso, segundo dados da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados, quando, aos encarcerados, é proporcionado educação básica, média e até mesmo de nível avançado, o número de reincidentes reduz cerca de 30%. Nesse contexto, consoante Sêneca, intelectual romano, a educação, além de impactar as relações sociais, influi sobre toda a vida, por isso, exige os maiores cuidados. Diante dos fatos supracitados, é primordial uma atuação incisiva do Estado nesse assunto, como artista político, com o intuito de aumentar a escolaridade dos ex-presidiários e, dessa maneira, fazer a justiça aristotélica. Em segundo plano, oferecer oportunidades de trabalho, após o cumprimento da pena, também colabora com essa questão. Há de se considerar que as pessoas, infelizmente, ainda possuem uma certa desconfiança com quem já foi preso. Esse fato corrobora com as poucas chances de se conseguir um emprego registrado, e por consequência disso, ele volta a praticar crimes. Dessa forma, para alterar esse cenário no Brasil, é necessário uma mudança comportamental de todos os brasileiros e, em paralelo, o governo federal pode oferecer vagas, por meio do Keynesianismo, em obras públicas e, assim, será possível reintegrar esse ser-humano na sociedade. Convém, portanto, a atuação do Ministério da Educação, em consonância com empresas privadas, na promoção da inclusão social dessas pessoas, mediante investimentos na educação, orientando e capacitando elas, para num futuro próximo integrarem a força colaborativa daquela empresa a qual investiu junto ao governo. Além disso, a finalidade dessas ações será a de dar uma nova oportunidade de vida a esses "novos" cidadãos. Concomitante, é essencial uma transformação da visão que as pessoas têm em relação aos ex-condenados. Assim, o conceito de Aristóteles será efetivado com vigor, e haverá de fato, a inclusão social dos ex-presidiários no Brasil.