É de fundamental importância a inclusão social de ex-presidiários no Brasil. Apesar de vários programas assistenciais, a reinserção de ex-presidiários ainda esbarra no preconceito de grande parte da sociedade, o que torna difícil a continuidade da vida dessas pessoas, após cumprirem suas penas. Dessa forma, isso precisa ser enfrentado, haja vista que compromete todo o sistema carcerário do Brasil. Nesse contexto, Estado e escola apresentam-se como agentes precípuos para a mudança dessa conjuntura. Hodiernamente, a de se considerar que, o sistema carcerário está com uma superpopulação, e segundo o juiz federal Erivaldo Ribeiro dos Santos da CNJ (Conselho Nacional de Justiça), torna-se difícil no modelo atual do sistema, proporcionar curso de capacitação, de educação, para tantos presos. Outro fator, é que, após cumprirem a pena estabelecida pelo Estado, os ex-presidiários sofrem com o preconceito da sociedade, apesar de existirem muitos programas de ressocialização, no geral todos dependem da solidariedade humana para retornarem ao convívio em sociedade e obter um meio de se sustentar. Dentro desse cenário, a situação dos ex-presidiários não tende a melhorar a curto prazo, porque se a situação estava ruim antes de serem presos, depois como ex-presidiários a perspectivas são bem piores. Mesmo assim, têm presídios que buscam dar algum aperfeiçoamento profissional para os reclusos. Para que eles consigam alguma colocação no mercado de trabalho. Dentro desse aspecto, no educacional, o ENEM também realiza provas para os detentos, que podem prosseguir seus estudos mesmo sendo detentos. Torna-se evidente, portanto, a mobilização do Estado, sociedade e da escola para mitigar o problema. Como forma de garantir isso, o Estado deve garantir que as instituições de correção tenham condições de dar uma formação para os presos, dispondo espaço físico e oficinas de aprendizagem, para que se evite que o ex-presidiário volte para a prisão por não ter como se sustentar. À sociedade cabe vencer os preconceitos e proporcionar uma nova oportunidade aos ex-detentos, como as ONGs que ajudam a providenciar documentos, alojamentos e empregos. Do mesmo modo, as escolas devem mostrar aos alunos, através de palestras e vídeos, que a melhor opção, mesmo com dificuldades, é viver a vida livre e honestamente.