A publicação da Declaração Universal dos Direitos Humanos, feita pela ONU em 1948, trouxe a sociedade uma reflexão acerca de liberdade, igualdade e dignidade humana. Entretanto, o Brasil ainda é um país marcado por preconceito e intolerância. Nesse contexto, está a dificuldade que ex presidiários vivem para a inclusão social. É notório que ex- presidiários ficarão marcados na sociedade, sendo vítimas de preconceito mesmo após ter cumprido a pena estabelecida. Tal fato faz com que eles tenham dificuldade em investir na sociedade e, por conseguinte, de conseguir um emprego formal. Nesse sentido, muitos preferem voltar a praticar o crime devido ao sentimento de desesperança e de não aceitação pela sociedade, além disso, muitos perdem contato com amigos e familiares, por quais também sofrem rejeição, assim, uma vez que se encontram sem apoio não enxergam outra saída e finalizam na prisão mais uma vez, tornando um grande problema a ser enfrentado pelo poder público e pela sociedade. A vista disso surge um ciclo vicioso, já que quanto mais pessoas são presas mais o crime aumenta. Desse modo, é necessário que as leis existentes sejam cumpridas e que penas sejam aplicadas para combater a criminalidade, mas as medidas educativas para ex- presidiários devem ser tratadas com mesma importância de forma que capacitem essas pessoas tanto psicologicamente como profissionalmente a fim de reduzir os índices de ex- presidiários que retornam ao crime. Sendo assim, é evidente, portanto, a importância do Poder público em criar cursos técnicos de várias especialidades, contratando profissionais qualificados, garantindo ensinamento aos ex-detentos, também é importante alfabetizar aqueles que não são alfabetizados, ensinar cálculo para aqueles que não terminaram o ensino fundamental, como também deve haver acompanhamento com psicólogo para atuar no incentivo e na esperança de mudança ajudando, assim, na inclusão social.