Título da redação:

Deter ou educar

Proposta: Como promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil

Redação enviada em 15/05/2018

Segundo a revista “Carta Capital”, o Brasil é o segundo país que mais prendeu em 15 anos, mas continua sendo recordista mundial de homicídios. Desse modo, comprova-se a ineficiência do sistema carcerário e a exclusão dos ex-detentos na sociedade, colaborando, apenas, com a continuação dos crimes. Afinal, nada adianta uma cadeia lotada, se não há um trabalho de capacitação e inclusão deles no meio social. Logo, é necessário que esse sistema organize a forma de reeducar os presos para que ao saírem das cadeias possam ser integrados numa vida normal. Primeiramente, é notório compreender que a prática de um crime tem explicações no emocional, financeiro ou social da pessoa, ou seja, o motivo dessa realização está relacionado com psicológico, educação, criação e influências do praticante. Dessa maneira, quando as pessoas são presas, a fim de serem punidas, não são tratadas e questionadas pelo crime cometido, apenas são jogadas em ambientes lotados sem nenhuma educação e reflexão do acometido. O filme “Carandiru” do médico Drauzio Varella retrata essa realidade, na qual descreve a Casa de Detenção de São Paulo. Ele demonstra uma superlotação encontrada naquele presídio, em que as pessoas necessitavam de um tratamento e de uma dignidade de pessoa humana, e não de uma segregação por parte da população e do Estado. Dentre esse cenário, mostra a realidade do atual sistema carcerário brasileiro, mesmo já existindo APAC (Associação de Proteção e Assistência aos condenados) que ajuda na reeducação de uma parcela dos presos. Em consequência desse fator, é preciso salientar, ainda que a inserção dos ex-presidiários na sociedade é dificultada pelo preconceito e medo do restante das pessoas. Dessa forma, são excluídas socialmente das escolas, mercado de trabalho e, muitas, vezes, da própria família. Assim, continuam praticando crimes para sobreviverem. Porém, isso fere os direitos que asseguram a integridade física e moral. Destarte, é preciso que o Governo crie programas de convívio deles com a população. Nesse parâmetro, torna-se evidente que a inserção dos ex-presidiários na sociedade brasileira depende de uma organização do sistema carcerário, de uma reeducação dos presos e tratamento. Desse modo, o Governo Federal deve abrir uma escola dentro das cadeias, com aulas, principalmente, de valores e comportamentos, a fim de ensinarem a viver em sociedade. Ademais, o mesmo deve promover projetos, como jogos e eventos, integrando os presos no meio social. Só assim, a Casa de Detenção será transformada em Casa de educação.