Embora os brasileiros sejam vistos por outros países como pessoas amigáveis e de fácil contato/simpatia, isso não tem total aplicabilidade no Brasil, posto que vestígios de pesamentos preconceituosos e pela falta de assistência governamental, são fatores que funcionam como verdadeiras barreiras de impedimento para a inclusão social de ex-presidiários. Deve-se pontuar, de início, a imparcialidade do Estado com o sistema prisional vigente, uma vez que por falta de destinação de verbas , há uma grande demanda de presidiários, ocasionando a sobrecarga populacional de presos. Devido a isso, é impossível inserir alguma atividade que corrobore para a educação ou qualificação do detento,como cursos profissionalizantes ou trabalho na própria cadeia, propiciando, dessarte, para a ociosidade prisional. Dessa forma, existe a ineficiência do sistema prisional, pois não consegue cumprir com a missão de educar para promover a reintegração social. Por conseguinte, para um dos maiores filósofos contemporâneo, Michel Foucalt, a sociedade julga não oferece as mesma oportunidades aos presidiários por causa do sistema prisional que é falho. Para ele " o certo seria estabelecer meios que os presos pudessem mostrar suas principais falhas e, assim, profissionais adequados lapidassem-o para o melhor, transformando em pessoas dignas de mesma oportunidades. Com isso, segundo uma pesquisa realizada pela Secretária de Segurança Pública(SSP), cerca de 60% dos ex-detentos voltam a cometer os mesmos crimes, os fatores mais significantes são pela falta de oportunidade de emprego aliado a não qualificação profissional, como também por causa de uma malha populacional que tem preconceito de contratar alguém que tenha antecedentes criminais. Por isso, vale ressaltar tamanha importância de medidas sociais ainda dentro das cadeias. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, para que se tenham uma visão mais justas dos brasileiros, cabe em primeira análise, os governantes destinar verbas para a construção de novas cadeias ou reformas para sanar a sobrecarga de presos, logo depois, o Ministério do Trabalho em parcerias com empresas privadas, deve destinar postos de empregos voltados para os presidiários, essa medida irá gerar renda e qualificação para o mercado de trabalho. Ongs juntamente com a imprensa possam repassar para a sociedade por meio de campanhas publicitárias o seguinte tema: "Seu preconceito serve de impedimento para a socialização de ex- presidiários", tendo a finalidade de conscientizar esse público. Só assim, o Brasil será tido como país democrático e que oferece as mesma oportunidades.