Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a falta de solidez nas relações sociais, políticas e econômicas é característica da “modernidade líquida” vivida no século XX. Para promover a inclusão social de ex-presidiários no Brasil são necessários dois pontos: a quebra da mentalidade de não ser bem visto pela sociedade, bem como a implementação de programas educacionais dentro dos presídios. A respeito da mentalidade conservadora da sociedade perante os ex-presidiários, há de se buscar maior aceitação de ex-criminosos para que eles sejam reinseridos e não fiquem à margem da sociedade. Por exemplo, a começar pela educação. A partir do momento em que se implementar grandes programas de alfabetização nas cadeias, bem como a formação intelectual dos detentos, a sociedade passará a enxerga-los com mais respeito ao perceber que são bem capazes de se dedicar aos estudos e desempenhar tarefas laborais. Em continuidade com programas e cursos educacionais, os apenados devem também trabalhar dentro dos sistemas prisionais. Concomitantemente ao cumprimento das penas, exercer uma atividade com remuneração, aliado a formação intelectual, facilitará a reinserção dos ex-presidiários na sociedade. O combate à liquidez citada inicialmente, a fim de promover a inclusão social de ex-detentos no Brasil, deve tornar-se efetivo, uma vez que tanto a mentalidade conservadora da sociedade quanto o desempenho contínuo de programas educacionais contribuem para a reinserção dos apenas na sociedade. Sendo assim, desde que haja parceria entre governo, comunidade e família, será possível amenizar os problemas associados a visão conservadora dos cidadãos, construindo uma sociedade mais fiel aos princípios de humanidade da constituição.