Para o sociólogo Émile Durkheim, a educação é um fator que propicia o benefício da sociedade. Em contra partida, um dos principais fatores que corroboram para a exclusão de ex-detentos no Brasil, é a falta de educação, uma vez que o sistema prisional pune, mas não educa. Em primeiro lugar, é crucial refletir sobre a inclusão social, que tem por função promover a ressocialização do indivíduo, ou seja, oferecendo oportunidades iguais de acesso e serviços a todos. Relacionado a isso, pode-se notar que um dos problemas que a população que está sob custódia do estado enfrenta, é a superlotação das cadeias, a vista disso, é impossível desenvolver algum tipo de atividade que possa promover qualificação, tendo como consequência a ociosidade dos presos e o impulsionamento de brigas entre facções, pois a mente destes não estará ocupada com algo produtivo, colaborando assim para um ambiente indesejável. Por conseguinte, a raiz para todo esse estopim, parte dos governantes com a não destinação de verbas para a melhoria das cadeias. Outro aspecto relevante, diz respeito ao retorno da população de ex-presidiários à rua, de acordo com o apuramento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada(IPEA), cerca de 78% dos presos quando ganham liberdade, voltam a cometerem crimes, o que comprova isso é a carência de empregos que lhe são ofertados, como também, o preconceito por parte de algumas pessoas com ex-detentos, com essas atitudes, perpetua-se a exclusão social. Desse modo, fica fácil perceber que devido a carência de chance para conseguir o sustento, são sujeitos a atos a cometerem os mesmos atos marginais. Em vista disso, faz sentido que o regresso a prisão é algo que se faz fortemente presente, devido a falta de oportunidade . Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que Durkheim, estava certo em afirmar que quanto mais eficiente for o processo, melhor será o desenvolvimento da comunidade. Dessa forma, cabe ao Poder Legislativo, em parcerias com o ministério da educação criarem leis que possam viabilizar a educação de pessoas reclusas da sociedade, como forma de incrementação social. Os Governadores Federais de cada estado, devem fazerem pesquisas das principais cadeias que sofram com superlotação, logo em seguida faz necessário destinar verbas para construção novas unidades, pois assim irá suprir toda essa demanda. A mídia pode colaborar, pois pode divulgar campanhas pela internet e/ou televisão tendo como princípio a conscientização das pessoas,para que assim seja desenvolvido o espírito de empatia. Através dessas medidas, o brasileiro estaria sob ações de equidade.