De acordo com Jean Jacques Rousseau, o homem nasce bom e a sociedade o corrompe. Quem inflige à lei pode ser considerado corrompido e ao partir da premissa de Rousseau, a sociedade deveria reintegrá-lo justamente por tê-lo corrompido. Porém, na prática a inclusão social de ex-presidiários no Brasil ainda é deficitária. Para mudar esse cenário é preciso trabalhar na profissionalização e na reintegração dos egressos. Segundo o Departamento Penitenciário Nacional, 45% da população carcerária não possui o ensino fundamental completo. Para conseguir um emprego está cada vez mais difícil e para quem é ex-presidiário é quase impossível. Além da baixa escolaridade, o preconceito ainda é grande e isso contribui para o alto índice de reincidência. Com isso, é necessário oferecer cursos profissionalizantes enquanto são privados de liberdade para ter uma profissão ao término da pena. Um dos objetivos da prisão de um indivíduo é para ressocializá-lo. Ao refletir na inclusão social de um ex-detento é comum pensar apenas após a liberdade. No entanto, essa reintegração deve ser feita a partir do primeiro dia de cumprimento da pena para ser eficaz. Juntamente como uma profissão adquirida, as chances de ser reincluído a sociedade são maiores. Portanto, educar e reintegrar levará a um único destino que é a completa inclusão social e um ex-detento. Para alcançar esse objetivo o caminho a decorrer é longo. Com o atual sistema carcerário não é possível promover ações de reintegração ou educação. O governo por meio do Departamento Penitenciário Nacional deve realizar uma reforma no sistema prisional para ser possível aplicar politicas públicas eficazes, além de motivar empresas por meio de incentivos fiscais, a contratação de ex-presos. Somente assim, a sociedade arcará com sua dívida perante o homem.