De acordo com a Constituição Federal de 1988, é dever do Estado assegurar os direitos políticos dos cidadãos brasileiros. Entretanto, a pequena participação dos jovens na política, contrariam as premissas constitucionais. Nesse sentido, dois aspectos fazem-se relevantes : a desilusão com a política e a falta de identificação com os partidos. Na década de 80, o Brasil viu uma geração que cresceu em meio à ditadura se levantar e lutar pelo direito de participar politicamente na vida do país por meio do voto. Esse movimento viria a ser conhecido como “Diretas já”, que, apesar de não ter atingido seu objetivo principal à época, tornou-se um marco da nossa ainda recente democracia. Alguns, contudo, dizem que, pela forma como os jovens do século aparentemente tratam o voto, foi uma batalha em vão. O questionamento que se faz hoje é se eles realmente não se importam com a política ou se estão recriando o modo de fazê-la. Contudo, é preciso levar em consideração que ser um sujeito ativo politicamente não se restringe a votar. Na verdade, é fazer valer a sua voz dentro do Estado Democrático de Direito, o que não acontece para maioria dos jovens, que se sentem cada vez mais iludidos por essa política de falsas promessas e que muitas das vezes não se encaixam ou se familiarizam com os ideias políticos dos candidatos. Sob essa conjectura, tal problema se evidencia cada vez mais uma vez que as escolas, não incentivam não ajudam no senso crítico, no seu modo de votar e na fiscalização dos seus eleitos. Portanto, para que os ideais de uma sociedade coesa não sejam apenas uma preposição teórica, é necessária maior intervenção do Estado. O poder público junto ao Ministério da Educação e a mídia devem dinamizar os debates públicos e divulgar sobre a importância do voto e do engajamento político, a fim de dar ao jovem espaço para suas opniões e para que os próprios possam se conscientizar e obter maior interesse pela política. Espera-se com isso alcançar uma sociedade com uma juventude participativa e com cidadãos plenos. ​