Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 31/08/2018

Durante o período da antiguidade clássica, surge, na cidade-estado de Atenas, o conceito de democracia, caracterizado pela concessão de direitos políticos ao cidadão ateniense por meio do voto, o qual passa a constituir uma face fundamental no exercício da cidadania, tornando-se, posteriormente, a base do sistema republicano brasileiro hodierno. Entretanto, embora seja inequívoca a imprescindibilidade da vida política ao cidadão, a escassa participação do jovem brasileiro em questões governamentais tem representado um entrave ao desenvolvimento nacional pós-moderno. Segundo Gilberto Freyre, o saber sem um fim social é a maior das futilidades. Sob esse ângulo, evidencia-se que a função da escola não deve se restringir à transmissão de conhecimento e informação, mas deve exercer papel fundamental na construção de uma juventude e, consequentemente, de uma sociedade mais engajada com questões sociais e com o quadro político do país, que exerce influência direta sobre todos os setores da nação e da vida pública, constituindo o voto, portanto, um princípio fundamental na consolidação do Estado democrático brasileiro. Tal importância pode ser corroborada por meio de períodos históricos nos quais governos ilegítimos -devido à ausência de participação política popular direta-, tais como a Ditadura Militar, conduziram o país à supressão de direitos e liberdades individuais, estabelecendo um cenário de revoltas e insatisfação popular. Outrossim, a descrença generalizada quanto ao quadro político vigente no país, resultante, majoritariamente, do sistema de corrupção instaurado há décadas na administração do Poder Público caracteriza um fator preponderante para a perpetuação da indisposição do jovem brasileiro em participar e engajar-se no contexto da política contemporânea, o que vem representando um obstáculo ao avanço nacional e à possibilidade de mudanças expressivas em questões de cunho social no país. Consoante Confúcio, não corrigir as próprias falhas é o mesmo que cometer novos erros. Nesse sentido, faz-se imperioso que o Poder Executivo exija dos políticos acusados de corrupção indenização ao Estado e, por meio dessa verba, destine maior porção de recursos ao setor da educação pública, o qual, por ação do Ministério da Educação, tem o dever de instituir nas escolas brasileiras palestras de caráter obrigatório aos alunos e abertas a comunidades, ministradas por especialistas da área das ciências políticas que tratem acerca, por exemplo, da imprescindibilidade do voto e da manifestação pública ao progresso da nação, a fim de contruir, por esse viés, uma sociedade politicamente engajada e capaz de produzir mudanças significativas no país, exercendo de forma plena sua cidadania, tal como previsto pelos moldes atenienses.