Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 04/07/2018

Ao refugiar-se, no Brasil, da Segunda Guerra Mundial, o escritor austríaco Stefan Zweig publicou, em 1941, o livro "Brasil: País do Futuro". No entanto, a escassa participação dos jovens na política brasileira não faz jus a essa premissa, uma vez que há crescente falta de empatia entre a população e, também, descrença no sistema político do país. Dessa forma, cabe analisar caminhos para incentivar a atuação da juventude na política. É notório que a crescente falta de empatia de muitos jovens com o próximo é uma das principais causas para a falta de interesse deles na política. Isso acontece porque, segundo o sociólogo Zigmunt Bauman, na obra "Modernidade Líquida", a falta de empatia promove o individualismo e o egocentrismo, e esses causam intolerância. Em consequência disso, é visível a mnor solidariedade e responsabilidade social, a menor preocupação com o futuro do próximo e altruísmo. Dessa maneira, o cenário político é tomado pela corrupção e pelo descaso com os cuidados básicos para o bem-estar social, e a juventude, diferente daquela atuante nas décadas de 1960 e 1970 no auge da Ditadura Militar, fica sentada reclamando apenas nas redes sociais. Por outro lado, se há aqueles individualistas, há também os que não faltam necessariamente empatia, mas crença na melhora do sistema político brasileiro. Isso ocorre porque a falta de educação crítica na escola e na família acarreta a deficiência de busca de informação e incentivo a respeito da democracia e dos direitos e deveres da população. Consequentemente, tem-se o quadro escasso de atuação e mobilização, confirmado pelos dados da pesquisa de opinião da ONG Ação Afirmativa, os quais expõem que 30% dos jovens entre 16 e 24 anos nã desejam participar da vida política por falta de informação. Desse modo, recai aos poucos atuantes a grande responsabilidade de se mobilizarem por um país mais justo. Torna-se evidente, portanto, que incentivar a participação dos jovens na política ainda é um desafio a ser enfrentado. Em razão disso, o Governo Federal, em parceria com o Ministério da Educação, deve implementar à educação básica a disciplina Política e Cidadania, para estimular a criticidade dos fatos desde a infância, a fim de formar cidadãos analíticos e participativos na política. Ademais, a escola deve promover, com suporte na divulgação e incentivo da mídia e apoio dos familiares, debates, palestras e workshops sobre temas atuais e o que cada um pode fazer para ajudar a melhorar a sociedade. Isto posto, poder-se-á aproximar o Brasil real daquele idealizado por Stefan Zweig há quase oito décadas.