Os acontecimentos advindos da Revolução de 1930 acarretaram várias mudanças no cenário político-social brasileiro, sendo uma delas a instauração de uma República Democrática, ou seja, a soberania seria exercida pelo e para o povo. Entretanto, ao se analisar a participação dos jovens na política brasileira, verifica-se que essa instalação está sendo constatada na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsicamente ligada à realidade do país. Nesse sentido, convém analisar as principais causas e consequências dessa postura negligente para a sociedade. Primordialmente, é controvertível que a questão legislativa esteja entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível observar que, no Brasil, a reduzida participação da juventude nos assuntos administrativos rompe com essa harmonia, haja visto que esse comportamento acaba gerando más gestões governamentais, prejudicando o futuro das próximas gerações. Outrossim, destaca-se a falta de maturidade como impulsionadora da problemática. Na contemporaneidade, elevados são os números de adolescentes grávidas, de jovens que estão desempregados, inseridos no mundo das drogas e/ou da criminalidade, entre outras situações pejorativas. Nesse âmbito, pode-se averiguar que muitos ainda não possuem discernimento para atuarem na política do país, levando a não concretização da democracia e consequentemente a desvalorização das conquistas do tecido social brasileiro. Desse modo, é notório que a maior participação da juventude no cenário governamental do Brasil necessita ser efetivada. Portanto, cabe ao Ministério da Educação e o da Cultura, por meio da implantação de projetos em escolas e demais locais de acesso ao público, instigar nos adolescentes um pensamento crítico e colaborador para com a política nacional, objetivando uma maior atuação deles nesse contexto, a partir do voto consciente, da participação de reuniões que envolvam a tomada de decisões nas políticas públicas, proporcionando um futuro melhor às próximas descendências. Concerne às famílias, mediante uma boa educação dialética, formar jovens que sejam responsáveis, providos de maturidade, para que possam contribuir com a valorização dos êxitos alcançados pela população brasileira. Assim, será possível a construção de uma nação que saiba dar a real importância à política local, de modo que se desenhe um futuro melhor.