Para atenienses a democracia possibilitou a vocalização de opiniões em assembleia e voto a respeito dos rumos da pólis, isto é, possibilitou a participação política dos cidadãos. Diferente da Grécia Antiga, atualmente, o exercício político não é limitado a parcelas de grupos de pessoas consideradas “cidadãs”, mas a todos que habitam na cidade. Contudo, seja por falta de representatividade, seja por insipiência, seja por desprestígio da atividade, os jovens brasileiros têm baixa participação política. No modelo contemporâneo a participação política é indireta, ou seja, os cidadãos elegem políticos e são governados por eles. Todavia, à medida que novos casos de corrupção são descobertos aumenta a falsa impressão de que o indivíduo, jovem eleitor, não é representado e não pode fazer nada enquanto cidadão. Concomitante a isso, o desprestigio a respeito do assunto contribui para o desinteresse nas questões públicas do país. Consoante Aristóteles, seres humanos são acima de tudo animais políticos, caracterizados pela inserção e participação em uma comunidade. Assim, o não exercício da participação política torna o homem apenas um animal. Outrossim, é fato que muitos jovens apresentam opiniões sobre assuntos políticos mas devido a insipiência não sabem como aplicá-las efetivamente. Portanto, é mister destacar que os cidadãos possuem mecanismos de participação direta na política. A exemplo, pode-se mencionar projetos de lei de iniciativa popular como a Lei da Ficha Limpa, além disso, o portal “e-cidadania” possibilita a participação de debates online e consultas públicas do Senado Federal. Em vista disso, evidencia-se que apesar de existirem mecanismos de participação direta na política a insipiência colabora para a inatividade dos jovens na politica. Destarte, é visível os motivos pelos quais os jovens brasileiros têm baixa participação política. Portanto, faz-se necessário que o MEC (Ministério de Educação e Cultura) em parceria com a mídia realize a divulgação dos mecanismos já existentes, incentivando o jovem a buscá-los. Esta divulgação deve ser efetuada através dos meios de comunicação comuns aos jovens brasileiros, isto é, redes sociais, emissoras de rádio e televisão. Desta forma, o jovem absorverá o conhecimento sobre o que pode fazer politicamente enquanto cidadão e consequentemente aumentará sua participação política.