A Bossa Nova, surgida no final da década de 50, ante uma euforia causada pelo crescimento econômico após a segunda Guerra Mundial, deu voz a um grupo de jovens de classe média alta entediada e alienada acerca da situação política do Brasil. No entanto, o engajamento político de jovens, que havia voltado na época da ditadura, tornou a diminuir devido à crise econômica e suas consequências à sociedade brasileira. A fim de resolver o problema, é necessário entender como essas consequências afetam os jovens brasileiros. É indiscutível que a crise econômica que assola o Brasil desde 2014 trouxe dificuldades para os jovens. Segundo a BBC Brasil, os mais afetados pelo desemprego, pela inflação e pelo aumento no custo de vida foram as pessoas de 16 a 24 anos, de classes mais baixas, que representam a maior parcela da população. Nesse contexto, em que esses jovens precisam sobreviver, não há tempo e nem oportunidade para pensarem em política, consoante a reportagem. Outro ponto importante é a falta de motivação diante de exemplos absurdos de corrupção generalizada que apareceram na conjuntura da crise. A revista ISTOÉ elaborou uma enquete sobre os motivos que afastam o jovem da política em que a resposta mais escolhida foi a descrença acerca da honestidade dos políticos. Felizmente, operações da Polícia Federal em evidência na mídia como a Lava Jato, começaram a mudar a sensação de impunidade, no entanto, ainda há muito o que ser feito. Por outro lado, quando envolvidos em projetos sob orientação de professores ou tutores, jovens podem mostrar-se ávidos por mudar o país para melhor. Conforme notícia do jornal suíço, Swissinfo, desde cedo os jovens são estimulados a participarem do Parlamento Jovem Suíço e, por conseguinte, a terem contato direto com políticos. Ademais, o contato do jovem com o parlamento é feito por aplicativos conectados à internet, o que facilita o processo e faz com que o jovem se sinta incluído e útil na política do país. Portanto, é necessário que essas questões sejam resolvidas urgentemente, pois a falta de engajamento político afeta a democracia e permite com que continue existindo corrupção na política brasileira. Nesse sentido, precipuamente, os candidatos escolhidos nas próximas eleições devem sem criteriosamente escolhidos pelo povo para que possa acontecer uma reforma e que os novos políticos sirvam de exemplo e motivação para os jovens. Outrossim, o Ministério da Educação deve implementar na grade curricular das escolas o ensino de matérias, em nível introdutório, como ciência política e direito constitucional, além de estimular debates e eventos em que possam participar de soluções de problemas terem contato direto com parlamentares, para que, desde cedo, os futuros cidadãos percebam o poder que têm e como exercê-lo para mudar o país.