A primavera árabe foi um movimento político de caráter revolucionário, com alto teor ativo dos jovens, que visava melhorias políticas e sociais no país. Todavia, tal fato ainda não é presente no Brasil pois, em pleno século XXI, falta da participação dos jovens na política surge com problemática que persiste ligado à realidade do país. Nesse âmbito, cabe analisar a estrutura especializada nesse setor, bem como a mentalidade social deste. Em primeiro plano, vale ressaltar que a questão governamental e sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo Aristóteles, o homem é um ser político e necessita desta, para promover a justiça. Entretanto, em meio a condição atual no Brasil, em que a corrupção é uma marca do cotidiano brasileiro, os jovens estão desmotivados a participação política. Assim, um levantamento feito pela Isto é mostrou que apenas 18% dos jovens têm um alto engajamento e prática cotidiana com a política, enquanto 39% deles vivem ligado apenas as suas atividades pessoais. Logo, essa a participação fica fragilizada, fazendo-se necessário uma boa mobilização social, com vista no engajamento político da juventude. Outrossim, a descrença no sistema político é uma das principais razões dos jovens se absterem dela. Isso ocorre pois, desde criança, as pessoas são bombardeadas, pela mídia e pela família, com informações e notícias negativas sobre o cenário político brasileiro. Tal circunstância pode ser explicado segundo o sociólogo Émile Durkheim, o qual diz que o fato social e a maneira coletiva de agir, o que legitima a adoção de ideias por conta da convivência em grupo. Nessa conjuntura, o pensamento da descrença na política gera pouca iniciativa dos jovens, promovendo um ciclo vicioso tendendo a normalidade. Fica claro, portanto, a necessidade de pontuar que é na política que todos têm o mesmo peso e são iguais. Por isso, para alcançarmos uma nação mais democrática, é de extrema importância que a família e a escola atuem em conjunto, por meio do ensino da Constituição e leis básicas da sociedade, para ativação de um senso político e crítico, além de incentivar o envolvimento em causas e movimentos da sociedade. Ademais, cabe à mídia, juntamente com o poder público, promover uma conscientização da população acerca dos benefícios que o engajamento político pode fazer para o jovem e para a sociedade. A vista disso, será possível promover o engajamento político jovem e concomitantemente a reconstrução do tecido social brasileiro, de modo que se desenhe um futuro melhor.