A juventude é um período de mudanças e de questionamentos sobre o sujeito, o mundo e a sociedade. Compreende a faixa etária de 15 a 24 anos, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística. Nesse período, surgem vários interesses que ajudarão na formação do cidadão, entre eles o desejo da inserção na política. Porém, nos últimos tempos, tem-se observado um afastamento dos jovens brasileiros em relação ao tema. Esse desinteresse pode estar relacionado aos recorrentes escândalos de corrupção e ao baixo debate sobre política nas escolas. Sob essa ótica, a velha política, caracterizada por graves desvios éticos, causa afastamento dos jovens. Nos noticiários são comuns as informações do envolvimento de políticos com casos de corrupção. Romper com essas práticas requer tempo. Nesse sentido, o engajamento político do jovem é uma estratégia fundamental para construção de uma nova sociedade. Entretanto, não basta apenas a inserção do jovem na política. São necessárias ideias novas. É comum ver filhos de antigos políticos em cargos eletivos onde há apenas a mudança física da pessoa e perpetuam-se as velhas práticas. As escolas e os possessores têm um papel fundamental para criação de um pensamento crítico do jovem. Porém, o atual debate político nesse meio, quando ocorre, ainda é ineficiente. A falta de preparo e de condições oferecidas aos professores podem estar associadas a isso. Assim, escolas e professores não podem ser apenas um instrumento que transmite informação como pregam os movimentos das escolas sem partido. Como dar uma aula de história sem fazer uma reflexão dos fatores que levaram a atitudes brutais no passado da humanidade? Seria a institucionalização da formação de uma legião de jovens acríticos e o país continuaria a estimular o desinteresse deles pela política. Desse modo, incentivar a participação da jovem, com novas ideias, na política brasileira é vislumbrar esperança em uma sociedade mais justa. Medidas precisam ser tomadas para que isso ocorra. O Ministério da Educação deve incluir como obrigatória em todos os cursos de licenciatura as aulas de história e sociologia. Ainda, deve criar, em conjunto com as secretarias de educação, cursos para os professores com o tema jovens e política. Além disso, o congresso nacional precisa barrar qualquer projeto no âmbito da escola sem partido e criar uma lei que garanta o direito dos professores em ensinar de modo crítico de modo a estimular a participação dos jovens na política.