Título da redação:

Política XXI

Tema de redação: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 05/07/2018

Durante o período imperial brasileiro, jovens organizaram um movimento, visando interferir na política do país. Surgia, então, o embrião dos movimentos estudantis e, por conseguinte, a participação por parte da juventude em ambiente político, que viria a ter seu ápice durante o período do regime militar no Brasil. Desde então, novas ferramentas de comunicação surgiram e, assim, a forma de politicar difere da antiga. A priori, é importante destacar que, com o advento da Internet, muitos jovens preferem concentrar seus protestos no ambiente virtual, em detrimento das manifestações físicas, ainda que elas ainda existam. Esse fato pode ser confirmado pelo fenômeno da Primavera Árabe, onda revolucionária do Oriente Médio, que teve suas principais manifestações nas redes sociais e gerou uma série de conflitos civis que perduram até hoje. Outrossim, com a melhoria das tecnologias de comunicação e surgimento de plataformas como o “YouTube”, serviço de hospedagem de vídeos, há uma difusão de opiniões políticas que interferem diretamente nos ideais dos jovens. Entretanto, muitos dos que palpitam nesses ambientes não têm, efetivamente, autoridade para falar do assunto. Em outros casos, os produtores de vídeos podem utilizar seus seguidores como escadas, como no caso de Arthur do Val, dono do canal “Mamãe, falei”, que pretende concorrer a deputado estadual nas eleições de 2018. Entretanto, a maioria dos jovens ainda enxerga o voto como uma obrigatoriedade. Não obstante, muitos deles, embora ativos virtualmente, não pretendem exercer esse direito. Esse fato, indubitavelmente, está atrelado a questões tangentes à educação precária no Brasil. Aliás, há pouca ênfase na luta ocorrida até a conquista do sufrágio universal ou da importância dos jovens no processo de redemocratização após anos de ditadura. Se uma classe não conhece a própria história, desdenhará dela. Urge ao Estado, como gestor do coletivo, implementar medidas que viabilizem uma participação direta da juventude na política. Por meio do Ministério da Educação, deve buscar aumentar a carga horária de disciplinas que incentivem a retórica e o debate, como a Filosofia, a Sociologia e a História. Analogamente, a Justiça Eleitoral deve buscar implementar cotas para candidatos jovens, visto que isso incentivaria uma renovação, além de aumentar o número de adolescentes sufragistas, que se sentiriam representados em âmbito político.