A história da política brasileira é marcada por acontecimentos liderados por jovens. Diga-se de passagem, Celina Guimarães Viana, primeira mulher a direito ao voto, movimento cara-pintada, em que colocou abaixo o governo do ex-presidente Fernando Collor, marcha das cem mil pessoas, que pós fim a constituição AI-5, no período da ditadura militar. Paralelo à isso, no atual panorama o que se tem hoje é falta da participação política por parte dos jovens. Em primeiro lugar, é crucial refletir sobre o que vem tornando os jovens ociosos, visto que de acordo com as ultimas eleições que ocorreram para presidente no Brasil, mais de 29 milhões de pessoas deixaram de votar, desses números, 63% eram de jovens de 16 a 24 anos, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral. O principal estopim relacionado a essas abstenções partem da falta da representatividade política, os governantes antes de serem eleitos prometem algo que não cumprem depois de eleitos. Assim sendo, não só os jovens, como também toda população tornam-se pessimistas diante desse cenário, tendo como consequência o "ativismo de sofá", no qual o único fenômeno que se obtém é a desilusão política e a pacacidade das pessoas. Outro aspecto a ser considerado, trata-se da forma pela qual o jovem ainda é visto, resquícios de pensamentos de uma parcela populacional preconceituosa enxergam os jovens como pessoas marginalizadas, que ainda não sabem exatamente o que querem. Para Émile Durkheim um dos principais filósofos do século XXI, a educação prospera para o bem de toda sociedade, em consonância, é notório perceber, que com a explosão educacional e informacional, os jovens estão inseridos cada vez mais no ensino superior, buscando aprimorar seus conhecimentos e querendo ganhar autonomia em decisões importantes. A partir disso, é válido refletir sobre o quão importante é o engajamento desse público para o progresso comunitário. Sendo assim, pode-se dizer, portanto, que cabe ao Poder Legislativo tornar leis mais rígidas e sérias destinadas governantes corruptos, como exemplo banir fianças e evitar que governantes possam responder processos em liberdade, essas medidas devem servir de exemplo para que outras pessoas não tenham as mesmas atitudes desonestas, reeleição é algo que merece ser vista, já que a difusão de ideias novas é algo que causa melhoria. À escola destina-se o papel não só de repassar os conteúdos programáticos, mais de tornar cidadãos críticos, à vista disso cabe ofertar disciplinas voltadas para o questionamento, como sociologia e filosofia, em todas as séries. A mídia deve focar nas principais engajamentos políticos liderados por jovens, não só retratar os atos de vandalismo que é provocado por uma pequena minoria, afim de não denegrir a imagem de quem luta por seus ideais. Só assim, teremos um país democrático e com significativa participação política dos jovens.