Para Renato Russo os jovens são os filhos da revolução, burgueses sem religião e são o futuro da nação. O número de jovens participando de movimentos sociais vem aumentando nesta última década, devido não só ao avanço tecnológico que possibilitou o engajamento político nas redes sociais como também a crise sociopolítica que tem se agravado no Brasil e interessados os jovens a buscarem soluções. Com mais de mil escolas ocupadas contra a Medida Provisória, n° 746, decretada pelo até então Presidente Michael Temer, em 2016; que congela por 20 anos recursos em educação, saúde e segurança pública. O movimento Primavera Secundarista fez ressurgir o sentimento revolucionário e a rebeldia dos jovens brasileiros. Com a ajuda de professores, pais e estudantes o movimento ocupou 1.100 escolas em 22 estados, com 850 apenas no Paraná. Foram semanas estudantes ocupando escolas e universidades, dormindo em colchões dentro de salas de aula, enfrentando direções autoritárias, além da pressão da Polícia Militar e a mentirosa mídia que distorcia o verdadeiro objetivo dos ocupantes. A Geração da Ocupação deixou legados, como: durante a ocupação, os secundaristas tomavam as decisões democraticamente em assembleias; debatiam temáticas que abordam o cotidiano da juventude, como racismo, feminismo e LGBTQIfobia; o diálogo entre estudantes e a comunidade escolar. O movimento uniu jovens em uma coletividade que muitos não conheciam para ajudarem em um propósito maior. Com isso, a luta desses jovens secundaristas nos mostra o quão a política importa para a juventude e como pode modificar a vida de todos os que participam da militância e os que apenas observam. A criação de Grêmios Estudantis, movimentos culturais e debates em sala de aula são alternativas positivas para o estudante tenha contato com a política e o que as decisões no âmbito político podem acarretar, assim exercerão o papel de cidadão cumprindo os seus direitos e deveres.