Sob a luz dos contratualistas, o Estado promove a segurança e o bom convívio entre os indivíduos da sociedade, porém o Estado que não respeitasse o Contrato Social, segundo o filósofo John Locke, seria ilegítimo. Desse modo, no Brasil, a ingovernabilidade é demasiado notável e inversamente proporcional à democracia. Para isso, em coadunação com o avanço da tecnologia, a criação de plataformas digitais interativas pelo governo e o reconhecimento de assinatura eletrônica para projetos de lei de iniciativa popular são a saída dessa grave situação. O acesso à internet está se popularizando no Brasil e tem progressivamente mais chances de ser um meio de efetivar a democracia e tornar a política mais ativa. Pois, atualmente, a atuação da sociedade na política é mínima e, em contrapartida, o grupo de representantes políticos está cada vez mais oligárquico e autoritário. Em virtude disso, a atuação social no apoio – ou antagonismo – às propostas legislativas via internet se torna plausível, uma vez que facilita a coleta de dados e opiniões dos eleitores, que podem ser autenticados através do registro eleitoral, por exemplo. De igual sorte, a criação de ferramentas para formação de um ambiente de debate e proposição de leis de iniciativa popular mediante assinatura eletrônica é uma boa forma de acelerar o processo e garantir uma maior participação do cidadão na deliberação política sobre o rumo do país. Porém, a televisão ainda é o maior veículo de informação e influência de massa e, enquanto o acesso à internet for restrito, tal proposta tecnológica não terá resultados satisfatórios. Por isso, é necessário que os partidos políticos usem a internet para ampliar a participação e a sua transparência à sociedade, disponibilizando o acesso à internet para todo brasileiro, para que haja uma democracia participativa mais ampla e rápida. Ademais, é preciso que as casas parlamentares criem plataformas para facilitar o entendimento popular sobre os aspectos políticos mediante a promoção de debates, para que haja assertividade popular na deliberação políticas do país.