Título da redação:

Ceticismo político

Proposta: A participação política do jovem no Brasil contemporâneo

Redação enviada em 19/06/2018

De forma geral, quando se fala em política, prefere-se a este, um outro assunto. Há uma manifestação quase que generalizada de ceticismo e descrença com relação ao assunto. As últimas descobertas sobre as ações de envolvimento com corrupção por parte de muitos políticos, que foram eleitos como representantes do povo, aliadas à ausência de ações da escola voltada para o debate social, têm provocado um misto de descrédito no seio da sociedade brasileira, desfavorecendo, por exemplo, a participação de jovens na política. A manifestação popular de desvalorização pela política reflete um sinal óbvio de crise no processo democrático de construção de valores sociais também para os jovens. Além do que reflete negativamente no trabalho que o Estado deveria prestar à comunidade em atendimento às demandas mais básicas, como educação e saúde. Diante disso, boa parte da juventude mantém-se de longe, com olhar de desconfiança daqueles que, pelo menos deveriam dar exemplo de bons gestores da coisa pública. Nessa atmosfera de corrupção, ao que parece, maior parte dos políticos dão primazia ao interesse particular em detrimento do que deve ser feito pela coletividade. Além disso, a escola tem deixado de ensinar e de motivar os estudantes à reflexão, colocando em xeque a motivação de muitos jovens para o mundo da política. Na sala de aula, a ausência de debates e de discussões sociológicas e filosóficas contribui muito para a formação de dublês de robôs, prontos para responder questões formuladas com resposta pronta. E quando algum se sobressai na discussão, deixa escapar a crítica sem apontar nenhuma intervenção. Esse absurdo se comprova, quando a escola se interessa mais por índices de aprovação do que pela grau de ensinamento e formação de cidadãos conscientes. Dessa forma, incentivar a participação dos jovens na política brasileira requer ações eficazes para se efetivar. Nessa concepção, a instituição política tem de passar por uma reforma estrutural, com estabelecimento de critérios rigorosos de seleção dos representantes. Por outro lado, a escola tem de fomentar o debate, reintroduzindo no currículo as disciplinas de Filosofia e Sociologia, mediante o fortalecimento de um trabalho pedagógico de revisão de conteúdos. Espera-se com isso que o impacto de ceticismo político entre a juventude seja atenuado a médio prazo e erradicado com o passar dos tempos.