A política é a maior definição da democracia, em tese. Pautada pela liberdade da população em ser ativa nos assuntos do poder legislativo, é perceptível que a participação popular, principalmente da juventude, está longe do que seria ideal. Levando em consideração que os jovens são o futuro do Brasil, é preciso criar meios para que eles sejam participativos na política brasileira. Em 2016, somente cerca de 33% dos jovens entre 16 e 17 anos possuíam título de eleitor, segundo levantamento realizado pelo TSE e IBGE. Ainda segundo o mesmo levantamento, nos últimos 10 anos esse índice veio decrescendo gradativamente, comprovando que o assunto tem se tornado cada vez menos atrativo para a juventude. Senadores, deputados e vereadores podem se reeleger sem limite de número de vezes. Atualmente existem parlamentares com bastante tempo de casa, como é o caso do deputado federal Jair Bolsonaro, que ocupa uma cadeira na câmara dos deputados a mais de vinte anos e, além do mais, sem projetos expressivos aprovados. Logo, percebe-se uma falha no sistema político brasileiro, em que a rotatividade no congresso é baixa, comprovando hegemonia parlamentar, indo na contramão da democracia. Ante ao supracitado, faz-se necessário a criação e aprovação de uma PEC para limitação da reeleição desses cargos, assim como já é definido para os demais cargos políticos, cujo tempo máximo permitido é de dois mandatos consecutivos. A partir daí, uma nova perspectiva política será construída, abrindo horizonte para um maior engajamento popular, não somente de jovens, mas também de outras classes, tais como negros, indígenas e mulheres.