É dever do Estado assegurar a saúde da população por meio da gestão da qualidade e quantidade de produtos consumidos, como é previsto pela Constituição Cidadã de 1988. Entretanto, vista a péssima situação atual em relação à segurança alimentar, conclui-se que essa asserção não está em vigor prático. Logo, convém ressaltar as principais causas que levam a essa situação e suas implicações na sociedade brasileira atual, para que fique claro o que deve ser feito para garantir um Brasil mais saudável. Primeiramente, é primordial evidenciar a gravidade da fome e desnutrição no que se diz respeito à insegurança alimentar. Parafraseando o filósofo e escritor japonês Ryu Murakami, o primeiro passo para uma sociedade melhor é a extinção da fome e da miséria - enquanto essas existirem, uma nação nunca irá evoluir. Entretanto, a falta e a má distribuição de alimentos ainda são um grande problema no Brasil, situação essa que compromete boa parte das mortes por causas naturais no país. Outrossim, observa-se que a qualidade dos produtos distribuídos, de maneira geral, é pouco fiscalizada e regulamentada, o que pode contribuir para má nutrição e, em alguns casos, intoxicação dos que os consomem. Segundo a site Uol, cada brasileiro consome cerca de sete litros de agrotóxicos por ano, o que evidencia a insalubridade provinda de alimentos que são consumidos em massa. Dessa forma, não fica difícil perceber que a situação é crítica e influencia negativamente o nível de saúde do país. Desse modo, fica evidente a necessidade de uma intervenção do Estado. Cabe ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome a fazer maior investimento direcionado à expansão de sua área de atuação, bem como a maior contratação de profissionais direcionados à distribuição de alimentos, para que a situação de fome possa ser amenizada. Fora isso, também é importante a ação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a fazer maior fiscalização das mercadorias quanto ao uso de produtos químicos, juntamente com o aumento de sua rigorosidade. Assim, o governo poderá garantir a segurança alimentar do país.